Escuta Analítica - clínica de psicanálise com experiência de 22 anos no atendimento psicanalítico àquele que sofre (crianças, adolescentes, adultos e idosos).
Vídeo: Masculinidade tóxica e a mídia Edição Extra Janeiro 2020
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Masculinidade tóxica e a Mídia - Edição Extra (Janeiro 2020)
Gozo em psicanálise Lacaniana é um tipo de satisfação. As pessoas costumam confundir com prazer, mas não é prazer. Freud trabalhou esse conceito no mais “Além do Princípio do Prazer”, e Lacan, trabalhou esse mesmo termo como gozo, sendo uma forma de satisfação no “desprazer”. Um exemplo: Tem pacientes que sofrem muito e tem dificuldade para se livrarem do sofrimento. Lacan e Freud descobriram que aqueles pacientes obtinham uma satisfação em todo aquele sofrimento, por isso era muito difícil para eles abrirem mão. O gozo também tem relação com o que é desmedido, com o excesso, portanto, está ligado a repetição e também pulsão de morte. É o que faz com que as pessoas, muitas vezes sem tomar consciência, se coloquem em situações terríveis tanto para elas, quanto para os próximos, isso tem a ver com o gozo que é inconsciente. Em análise, descobrem qual a verdade que o seu sintoma representa, o que está inconsciente, o que está por trás daquilo que sofrem, e também qual é o gozo que retiram...
Situações embaraçosas, escolhas de caminhos tortuosos, pensamentos repetitivos, sofrimentos que poderiam ser evitados... Quem é o causador? (leia-se causa-dor). O porquê disso tudo? Destino? Carma? Azar? Por que mesmo querendo fazer diferente algumas pessoas não conseguem? Por que não conseguem ser donos de suas escolhas? Alguns buscam a resposta na ciência, religião, cosmo ou nas estrelas. Outros, inconformados e cansados de tanto sofrerem, munem-se de coragem (pois é preciso ter coragem para enfrentar os próprios fantasmas) e encaram uma análise. Chegam um pouco desacreditados em relação ao que vão encontrar. Perguntam-se se é melhor tomar remédios, pois o problema pode ser um hormônio “enlouquecido” ou uma doença genética. Sabemos que essa não é uma tarefa simples, pois existe todo um percurso a seguir e geralmente o sujeito que sofre, acredita ser mais fácil procurar culpados. Dizem que o culpado primeiramente é sempre o outro: o pai, a mãe, o chefe, o namorado, a namorada, gene...
A nossa fala é um dos maiores recursos, com a palavra podemos desfazer equívocos, falando podemos nos tranquilizar, falando as pessoas podem se fazer entendidas. Em nossa sociedade existe um apelo para que as pessoas não falem, não digam o que sentem. É muito difícil que nas famílias, os filhos sejam estimulados a dizer o que estão sentindo. Muitas vezes um pai ou mãe repreende o filho: “Por que você está chorando?”, “Isso é coisa de gente fraca”, principalmente com meninos, “Menino não chora” ou então “Homem não chora”, e com isso a criança vai crescendo, depois se torna um adolescente e depois adulto, que acha que não precisa falar sobre o que está sentindo, achando ser sinal de fraqueza. Por isso que em nossa sociedade, principalmente aqui no Brasil, a ansiedade é uma das maiores causa de sofrimento. Precisamos quebrar preconceitos, assuntos tabus, as pessoas precisam falar sobre o que elas sentem, e o que sofrem. Serem ensinadas desde cedo em casa. Texto da psicanalista Andreneide ...
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