Escuta Analítica é uma clínica de psicanálise com experiência de 20 anos no atendimento psicanalítico àquele que sofre (crianças, adolescentes, adultos e idosos).
quinta-feira, 23 de julho de 2015
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Medicalização das crianças
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(Imagem retirada da internet para fins de ilustração)Medicalização das Crianças |
Repetidas vezes chamamos a
atenção para o fato do excesso de medicação, o que configura uma medicalização (Zola, 1972), que vemos acontecer nos tempos
atuais. Vivemos em uma sociedade onde a maioria das pessoas tomam remédios:
para dormir, acordar, emagrecer, engordar, recrear, estudar, etc.
Não nos restam dúvidas que
estamos diante de um uso abusivo de medicações. Existe o que chamamos de
‘epidemia’ de diagnósticos e o que antes era considerado uma dificuldade da
vida cotidiana ou uma particularidade de cada sujeito, hoje é considerado um
transtorno para o qual tem que ser medicado.
Mais surpreendente e preocupante é, quando atentamos para o número de crianças que tomam medicamentos para poder
prestar atenção nas aulas. Os que fazem isso, acreditam, que os problemas ou as
dificuldades que as crianças apresentam são resultados de má formação orgânicas
ou neurológicas, e as tratam sem distinção. Sem levar em consideração a causa
que está "por trás" e que tem relação com cada uma das crianças em particular.
Cada criança tem sua história, sua subjetividade, então, por que receitar
ou ministrar uma medicação que é comum para todos, se os sujeitos são individuais?
Todo sujeito foi constituído no
seio de cada família, com a marca das palavras ouvidas e dos gestos dispensados
a ele, e mesmo que sejam irmãos e ou até gêmeos, eles são diferentes. São
diferentes porque são seres únicos, pois são sujeitos que respondem de forma
diferente em relação a estímulos, tantos externos quanto internos. Os primeiros
Outros: a mãe, o pai, ou quem fez essa função tão importante, vai ter marcado
cada filho de forma particular.
Portanto, cada sujeito é resultado do discurso parental.
Quando uma criança não pára quieta,
não consegue aprender na escola, se envolve constantemente em brigas ou repetidamente adoece, é importante investigar a história dela. Para descobrir
porque isso acontece, como ela está posicionada na família, como é tratada, o
que ela escuta da mãe e do pai. Por que ás vezes ela é uma criança que tem muita
energia e por conta disso é nomeada de “terrível” ou de “impossível”.
Uma vez atendi uma criança e na entrevista sua mãe disse, que iria trazer ‘o diabo’, referindo-se ao filho. Essa mulher não tinha se dado conta de que com essa nomeação, não tinha escapatória para o filho, senão, comportar-se como aquele que “aterrorizava a todos na escola, no condomínio e na família”, com comportamentos impulsivos e destrutivos.
O comportamento que cada criança
mostra, revela o seu sujeito do inconsciente e a constituição de sua
subjetividade. E quando os pais não prestam atenção nisso, não a escuta e a
medica sem necessidade, o que fazem (sem saber) é amordaçá-la e privá-la de
falar sobre seu sofrimento, e assim, tiram a possibilidade de que elas possam criar recursos para resolver a verdadeira causa de suas dificuldades.
Andreneide Dantas (17/07/15)
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Depressão - Vídeo curto
Vídeo (curto) sobre Depressão
#depressão #inconsciente #família #análise #psicanálise
Escuta Analítica (02/07/15)
Escuta Analítica (02/07/15)
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