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Mostrando postagens com o rótulo Saúde Mental

Divertida-mente

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O filme da Pixar explica de forma lúdica e criativa o papel das emoções e das memórias na formação psíquica e na personalidade de Riley, uma pré-adolescente de onze anos, mostrando de dentro para fora o trabalho das emoções para encontrar um equilíbrio frente às adversidades que a vida impõe. Abordando temas psicanalíticos como sonhos, inconsciente, luto e o papel da tristeza como emoção básica necessária na constituição do sujeito. O nascimento de Riley se dá pelo desejo e alegria de seus pais. Sabemos que quando os pais possuem desejos de alegria e amor, que são relatados muitas vezes antes de sua concepção, faz diferença na vida de cada sujeito que nasceu porque foi desejado por outro, para o bem ou para o mal. No caso de Riley, foi desejada e recebida com alegria pelos pais (a sala de controle dentro do cérebro da menina é comandada primeiramente pela alegria). As outras emoções vão chegando sem muita demora, a alegria passa a ter a companhia da tristeza, da raiva, do medo e o “noj...

Atendimento psicanalítico a crianças

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Quando atendemos crianças, primeiro recebemos os pais para escutarmos qual é a queixa e descobrir de onde provém a demanda: do médico, da escola ou dos próprios pais. É mais comum que a indicação seja da escola, pois um professor atento percebe quando algo não está bem no desenvolvimento educacional daquele aluno: que pode apresentar dificuldades de aprendizagem; em se inserir ou permanecer em grupo; apresentar comportamento de agressividade ou isolamento, etc. Quando a indicação é do médico — geralmente pediatra — é porque a criança apresenta doenças repetitivas; se encontram constantemente com viroses; têm dificuldades na alimentação; se encontram abaixo ou acima do peso, ou quando percebem que a criança é indisciplinada. O tratamento é indicado sempre que houver sofrimento. O corpo é afetado por tudo que sentimos, desde os sentimentos bons até os ruins. Dado que as palavras têm o poder de aliviar um sofrimento e também de deixar cicatrizes profundas que podem obstaculizar o desen...

Psicanálise - Tratamento através das palavras

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Não vou tomar remédios? Como então vou melhorar de todo esse sofrimento? O que vou fazer com toda essa angústia que sinto no peito? (e que muitas vezes é confundida com ataque cardíaco ou síndrome do pânico). Como vou acalmar essa invasão de pensamentos (negativos e obsessivos) que invadem meu ser? São algumas das frases proferidas por pacientes que nos procuram, quando não conseguem mais conviver com sua tristeza, angústia e sofrimento. O que respondemos para esses sujeitos sofredores, é que falar em análise traz alívio. Através da análise poderá tomar consciência da causa (inconsciente) do sofrimento que atinge tanto o seu corpo quanto suas relações com o outro semelhante. O trabalho psicanalítico é o de uma escuta diferenciada, em que o psicanalista escuta "além" do sentido comum, pois  lê  no discurso dos pacientes a  verdade inconsciente  a respeito das queixas e sintomas que apresentam. Escuta o que está nas entrelinhas do dizer, e dessa forma possibilita q...

A análise liberta as crianças daquilo que elas ouve

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Quando atendemos crianças em psicanálise, podemos libertá-las através das palavras, daquilo que elas ouviram e ouvem dos seus pais e familiares, como bem nos ensinou a psicanalista francesa, Françoise Dolto. Palavras que podem ter sido enunciadas em momentos de raiva, sofrimento ou quando suas mães não sabiam que aquilo que elas diziam afetariam negativamente seus filhos. Pois, na maioria das vezes, as pessoas dizem brincando algo que faz muito mal. Lembro-me de uma mãe que chamava seu filho de porcaria e acreditava que isso era algo carinhoso; outra quando queria fazer um carinho no filho, dava palmadinhas nele, de forma leve, para não doer, dizia. Na verdade, tanto em um exemplo quanto no outro, os filhos foram marcados em seu corpo por esses atos e os repetiam na vida adulta, e isso, óbvio, os atrapalhava. E não poderia ser de outra forma, pois acreditar que se é uma porcaria ou que palmadas são carinhos não podem trazer nenhum benefício. Na análise com crianças temos a possibi...

Deixem seus filhos crescerem

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Alguns pais se queixam de que seus filhos são infantis, imaturos e irresponsáveis. Que não estudam, não cuidam de seus pertences, de seus horários ou não trabalham. Dizem que “não aguentam mais” levá-los de um lado para outro, como se fossem seus “motoristas”. Nos procuram para atender a seus filhos, pois acreditam que eles estão com problemas graves. É verdade que esses filhos estão com problemas, mas também é verdade que esses pais não escapam disso. Pois, acrescido ao fato de que sofrem as consequências desses comportamentos, na maioria das vezes, o comportamento dos filhos é decorrente do comportamento dos pais.  Reclamam, se queixam, porém, continuam fazendo com que essas atitudes se repitam, ou acreditam não poder fazer nada para mudar. Quando, na verdade, continuam mimando  seus filhos. Uma mulher se queixou da filha de 24 anos, que começou a fazer três cursos e interrompeu porque não gostou; outra, que sua filha saiu do trabalho porque não gostava do chefe. Nos dois ca...

As dores dos Adolescentes

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                                                O período da adolescência é marcado por várias transformações: tanto físicas, psíquicas, quanto sociais. Isso traz consequências, tanto para o menino quanto para a menina. Nesse período, eles ‘’ gritam’ ’ para o mundo suas dores, que aparecem através da agressividade, rebeldias, enfrentamentos com figuras de autoridade (pais e professores) e outras vezes (cada vez mais) seus sofrimentos são mostrados e sentidos através do corpo. Nessa lista encontramos desde doenças recorrentes: como anemias, gripes, pneumonias quanto outras que são mais graves ainda: tumores, transtornos alimentares (anorexia, bulimias), problemas com drogas, ferimentos no corpo, depressões, isolamento... Todos esses males são uma forma de demonstrar que algo  não está bem. Quando recebemos esses adolescentes no consultório, nos dep...