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Amor e ódio nas famílias

Diferente do que muitos acreditam, não é somente o amor que circula em algumas famílias. E sabemos que é  difícil para a grande maioria "abrirem mão" da ilusão de que o único sentimento que existe em uma família é o amor. Como já dissemos tantas vezes, o nascimento de uma criança é um ato que tanto pode trazer alegrias para algumas famílias, como tristeza e até ódio para outras. E esse último sentimento, vem carregado de mágoas, rancores, que por vezes estão inconscientes. Outras vezes, eles estão conscientes e esses genitores não conseguem aceder a função de pai e de mãe. E não o fazem, ou porque ainda estão em uma posição infantil, em relação a seus próprios pais, ou porque foram tão maltratados por aqueles que tinha a função de amá-los e educá-los, que não existe lugar para que o amor se manifeste.  A herança que alguém recebe (em relação a sentimentos e limites) é a que é transmitida para os futuros descendentes. Esse assunto, nó...

Abertura Jornada "A Banalidade do Mal".

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       Jornada "A Banalidade do Mal " - Abertura por Susana Palacios.         A Jornada "A Banalidade do Mal " - O Debate sobre a Banalidade do mal, foi trabalhado durante (2) dois dias na jornada do INSTITUTO TEMPOS MODERNOS (ITM) que contou com a participação de Psicanalistas (Brasileiros e estrangeiros), Juízes, Desembargadores, Educadores, Jornalistas, Bibliotecários, Escritores, Diretor Teatral, e Presidentes de ONGs. Abordando temas como: Violências, agressividade, pulsões destrutivas, e etc. (14/02/13) #mal #jornadabanalidadomal #ódio #família #juízes #

Alcoolismo.

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(Imagem modificada a partir de uma imagem original da Web) Qual a principal razão para que as pessoas comecem a beber (vicio)? Resposta : A bebida existe desde os primórdios da humanidade, quando foram descobertos seus efeitos relaxantes e de euforia. Então, na maioria das sociedades ela é legalizada e seu consumo é até estimulado, o que leva com que as pessoas a utilizem para celebrarem datas comemorativas e conquistas, para se sentirem mais relaxados e também para aplacarem angústias e medos. A bebida afeta um jovem da mesma forma que afeta a um adulto? Resposta : Não. Pois o jovem ainda está em formação tanto física quanto psíquica e isso faz com que a probabilidade dele se tornar dependente de álcool ou de qualquer outra droga seja bem maior. No jovem, ela é ainda mais nociva e devastadora, já que o leva a comportamentos de alto risco: como dirigir embriagado, situações de violências... Pois, nessa fase de vida é muito comum que eles busquem no...

Crianças medicadas em vez de escutadas.

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(Imagem retirada da internet para fins de ilustração) Muitas crianças apresentam dificuldades escolares: dificuldades para aprender Matemática, para ler e escrever. Outras, apresentam dificuldades em se concentrar na sala de aula. Para essas últimas, alguns profissionais ou pais (angustiados) antecipam-se em diagnosticá-las como crianças com problema neurológico intitulado de TDHA (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou dislexia,  e mediante esse diagnóstico são ministrados medicamentos. Não é por acaso, que o número de caixas do medicamento Cloridrato de Metilfenidato consumidos no Brasil subiu em dez anos (2000 a 2010) de 70 mil para 2 milhões segundo IDUM (Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos). O que aconteceu aqui? Porque um número tão expressivo? Podemos e devemos, antes de darmos um diagnóstico que classifique alguém com problemas neurológicos ou psiquiátricos, nos perguntar:  O porquê de sua desaten...

Quem é esse Outro que habita em mim ?

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Situações embaraçosas, escolhas de caminhos tortuosos, pensamentos repetitivos, sofrimentos que poderiam ser evitados... Quem é o causador? (leia-se causa-dor). O porquê disso tudo? Destino? Carma? Azar? Por que mesmo querendo fazer diferente algumas pessoas não conseguem? Por que não conseguem ser donos de suas escolhas? Alguns buscam a resposta na ciência, religião, cosmo ou nas estrelas. Outros, inconformados e cansados de tanto sofrerem, munem-se de coragem (pois é preciso ter coragem para enfrentar os próprios fantasmas) e encaram uma análise. Chegam um pouco desacreditados em relação ao que vão encontrar. Perguntam-se se é melhor tomar remédios, pois o problema pode ser um hormônio “enlouquecido” ou uma doença genética. Sabemos que essa não é uma tarefa simples, pois existe todo um percurso a seguir e geralmente o sujeito que sofre, acredita ser mais fácil procurar culpados. Dizem que o culpado primeiramente é sempre o outro: o pai, a mãe, o chefe, o namorado, a namorada, gene...

A análise liberta as crianças daquilo que elas ouve

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Quando atendemos crianças em psicanálise, podemos libertá-las através das palavras, daquilo que elas ouviram e ouvem dos seus pais e familiares, como bem nos ensinou a psicanalista francesa, Françoise Dolto. Palavras que podem ter sido enunciadas em momentos de raiva, sofrimento ou quando suas mães não sabiam que aquilo que elas diziam afetariam negativamente seus filhos. Pois, na maioria das vezes, as pessoas dizem brincando algo que faz muito mal. Lembro-me de uma mãe que chamava seu filho de porcaria e acreditava que isso era algo carinhoso; outra quando queria fazer um carinho no filho, dava palmadinhas nele, de forma leve, para não doer, dizia. Na verdade, tanto em um exemplo quanto no outro, os filhos foram marcados em seu corpo por esses atos e os repetiam na vida adulta, e isso, óbvio, os atrapalhava. E não poderia ser de outra forma, pois acreditar que se é uma porcaria ou que palmadas são carinhos não podem trazer nenhum benefício. Na análise com crianças temos a possibi...