Hiperatividade



(Imagem retirada da internet para fins ilustrativos)

Uma criança é sempre pré-matura ao nascer quando comparada ao outros mamíferos, pois depende totalmente de um Outro para desenvolver-se física e psiquicamente.
A imagem que ela tem de seu corpo também depende dessa relação com esse Outro que cuidou, banhou, alimentou e principalmente, falou com ela.

Esses primeiros tempos de vida imprimirá marcas em seu corpo e em seu psíquico, que afetará todas as suas relações posteriores.
Portanto, a organização dela quanto ao tempo e espaço tem relação com a imagem que ela tem de si mesma, que por sua vez, depende da relação que ela teve e tem com quem cuidou e cuida dela.
Seu aquietar-se também responde ao discurso no qual ela está inserida, assim como o controle de suas pulsões agressivas.

Então, como podemos ler o que acontece quando elas não conseguem parar?

Quando não conseguem ficar quietas ou quando são desafiadoras e não obedecem  regras e disciplinas?
Encontramos na atualidade, por parte de muitos profissionais, uma resposta muitas vezes precipitada, que atribui o que acontece com elas a neuroquímica de seu cérebro em vez de investigar o que acontece nas suas relações familiares.

Quando elas não conseguem ter autocontrole é importante analisar o que acontece em seu entorno, para descobrir porque estão colocando em seu corpo o que deveriam estar colocando em palavras!  
É um erro grande atribuir tudo que acontece com elas ao seu biológico, deixando de fora sua singularidade e principalmente retirando delas a oportunidade de falarem.
O que podemos esperar quando retiramos do ser falante o que lhe é mais precioso: sua fala a respeito do que sente? 

- Um corpo "falante" que mostra o que não está podendo colocar em palavras!    



Andreneide Dantas

#escutaanalitica1

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