Nosso Corpo
Fizemos uma linda Jornada
sobre "O Corpo e suas diferentes abordagens", pudemos escutar vários
profissionais que trabalham tanto com crianças quanto com adolescentes, adultos
e idosos. E das mais variadas áreas: psicologia, psiquiatria, psicanálise,
filosofia, geriatria, genética, educação, terceiro setor.
Foi muito interessante termos
comprovado àquilo, que vemos cotidianamente em nossos consultórios: que nosso
corpo primeiro foi estranho a nós mesmos, porque foi confundido como sendo uma
extensão do corpo de um outro (mãe). Sendo primeiramente um puro órgão que aos
poucos foi se constituindo como um corpo banhado pela linguagem, pelo discurso
daquela que alimentou e cuidou. E que interpretando os gritos como sendo uma
mensagem. Mensagem de fome, de frio, de dor ou de atenção, esses primeiros cuidados, possibilitaram que um corpo simbólico fosse sendo constituído em lugar do orgânico.
Uma criança não é como um "tubo" que precisa ser alimentada e ter seus excrementos ejetados. Ela é um ser falante
que precisa ser alimentada, não somente com leite e sim com cuidados, carinho,
afeto, amor, olhar e principalmente com palavras.
Vai depender desses primeiros
cuidados, para que ela se torne um adulto saudável, alguém que possa se
constituir como um ser desejante.
Seu corpo vai ser significado,
receberá inscrições em seus órgãos com letras de carinho e amor. E em suas
relações futuras ela repetirá essas experiências, tanto as de prazer quanto as
de desprazer.
Quando recebemos crianças que
constantemente são internadas, verificamos que naquela família "algo"
está acontecendo e quando questionamos seus pais, nos deparamos com situações
onde de alguma forma a doença responde a algo inconsciente deles.
É difícil para eles reconhecerem essa verdade "inconveniente", mas esse reconhecimento, é o primeiro
passo para que se deem conta disso que estava inconsciente e possam desejar outra coisa. O que
significa, que seu filho responderá de outro jeito: com saúde em vez de doença!.
Andreneide Dantas
Andreneide Dantas
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