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Mostrando postagens com o rótulo psicanálise

Divertida-mente

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O filme da Pixar explica de forma lúdica e criativa o papel das emoções e das memórias na formação psíquica e na personalidade de Riley, uma pré-adolescente de onze anos, mostrando de dentro para fora o trabalho das emoções para encontrar um equilíbrio frente às adversidades que a vida impõe. Abordando temas psicanalíticos como sonhos, inconsciente, luto e o papel da tristeza como emoção básica necessária na constituição do sujeito. O nascimento de Riley se dá pelo desejo e alegria de seus pais. Sabemos que quando os pais possuem desejos de alegria e amor, que são relatados muitas vezes antes de sua concepção, faz diferença na vida de cada sujeito que nasceu porque foi desejado por outro, para o bem ou para o mal. No caso de Riley, foi desejada e recebida com alegria pelos pais (a sala de controle dentro do cérebro da menina é comandada primeiramente pela alegria). As outras emoções vão chegando sem muita demora, a alegria passa a ter a companhia da tristeza, da raiva, do medo e o “noj

Vídeo: Psicanálise & Psicoterapia

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hashtag: #escutaanalitica1

Vídeo: Sonhos em Tempos de confinamento

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Respondendo perguntas sobre Sonhos em tempos de confinamento-pandemia. Pergunta das alunas Karen Oliveira, Isabella Gomes e Júlia Raya, do curso de Jornalismo da Casper Líbero. hashtag: #escutaanalitica1

Escutamos o sujeito que sofre

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Por sermos seres falantes somos afetados pelo que ouvimos, pensamos, dizemos, e também pelo que calamos. Isso significa que as palavras e os afetos incidem diretamente no corpo, causando tristezas, apatias, desânimos — que podem desencadear para depressão; angústias (que podem desencadear pânico), inibições, dependências de drogas, dificuldades no trabalho, nos relacionamentos, etc. Enquanto o sujeito não se perguntar porque sofre daquele mal-estar, e atribuir somente ao orgânico (sistema físico-químico) ou ao destino, o que lhe acontece, continuará sem recursos simbólicos para mudar. A psicanálise é um tratamento através das palavras, onde o psicanalista escuta o sujeito que sofre, e possibilita que ele escute nas entrelinhas do seu dizer, isso que parece uma língua estrangeira, uma fala que ele repete, inúmeras vezes, e não entende o que diz. Não compreende porque diz respeito ao seu inconsciente , àquilo que não está acessível para ele conscientemente, mas que atrapalha su

Adolescência e suas dificuldades

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(Foto retirada da Internet para fins ilustrativos) Na adolescência a exigência do luto da posição infantil, faz com que o adolescente tenha dificuldade de entrar no mundo adulto. Os adolescentes aprenderam e presenciaram, através dos pais, a visão deles do mundo incluindo os seus conflitos emocionais. Muitos fazem dos seus filhos seus confidentes, sobrecarregando-os com sentimentos, dos quais são impotentes e meros espectadores. Os adolescentes têm hoje, dificuldades em saber lidar com suas próprias emoções. O aprendizado através dos seus relacionamentos é difícil e isso traz muita ansiedade. Acham-se inadequados por não saberem fazer com isso algo satisfatório, sentindo-se alvo de bullying ou rejeitados por seus pares. O que acontece, hoje, que essa fragilidade nos adolescentes fica tão aparente? Será que os pais ao tentarem ser tão “amigos”, fazendo-os participarem tanto do seu universo, não estão deixando de escuta-los? E para isso é necessário perceber q

Um abismo de tristeza - Depressão

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               Para começar, quero fazer uma distinção entre a tristeza e a depressão. O que é tristeza? É um estado de desalento, falta de alegria, infelicidade, lástima, etc. E na depressão o que ocorre? Em relação ao que temos escutado, lido ou assistido, a Depressão é um estado clínico onde encontramos uma tristeza. Mas não é somente tristeza, mas uma falta de energia, falta de desejo muito grande e uma abulia que impede o sujeito de desenvolver normalmente suas atividades: como trabalhar, namorar, comer, conversar com amigos, desempenhar suas tarefas costumeiras e até aquelas que lhe davam prazer. Dorme mal ou dorme muito. A maioria das vezes esses pacientes chegam até nós quando já estão fazendo um tratamento medicamentoso. Os miligramas de Prozac ou Fluoxetina já fazem parte do cotidiano desse paciente e, mesmo assim, a estabilização da substância — Serotonina (que atua no cérebro e é responsável pelas sensações de “alegria”, estados afetivos, humor) não possibilita que enc

Palavras - alimento para constituição subjetiva do sujeito

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O filhote do homem — o pequeno infans —  o bebê, é um ser totalmente indefeso que necessita, quando nasce, de um Outro que satisfaça suas necessidades alimentícias e de asseios. Isso acontece porque diferente das outras espécies, o bebê é sempre prematuro. Não consegue buscar seu alimento, por isso precisa de um Outro, no caso a mãe — ou quem vá a esse lugar — para cumprir essa função. Porém, o ser humano não precisa somente de alimentação e cuidados básicos para se desenvolver, ele necessita também do olhar e de palavras . E esse "alimento" vai depender da relação entre sua mãe e ele. Pois, quando ele emite um grito ou o choro, ela interpretará e lhe devolverá como um sinal de: “ é choro de fome ”; “ é choro de frio ”, etc. Através das palavras que a mãe emitir, o bebê receberá o "alimento" que transformará seu pequeno corpo biológico em um corpo simbólico, banhado pela linguagem. E todo o desenvolvimento psico-físico-motor estará relacionado c

Pais devem falar a verdade

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(Imagem retirada da internet para fins ilustrativos) Se os pais querem ensinar aos filhos que é importante que falem a verdade, isso deve começar por eles. Pois, sabemos que as crianças aprendem com o que escutam dos pais (depois com professores e outros que vão ao lugar de modelos) mas também aprende, principalmente, com o comportamento dos pais. Logo, se eles praticam o exercício de falar com seus filhos, explicar o porquê do funcionamento das coisas, o que é fantasia e o que realidade, seus filhos aprenderão com isso, e tenderão a fazer o mesmo. Quando uma criança pergunta algo para a mãe que ela julga ser ‘ demais’ ou ofensivo, ela tem a oportunidade de explicar para seu filho o quanto ele está equivocado e confuso. Mas só poderá fazer isso se antes escutar o que ele tem a dizer e perguntar porque está falando sobre aquele assunto. Um exemplo: uma  criança pergunta sobre sexo ou morte, os pais precisam responder aos filhos a verdade (respeitando o limite da idade d

Medicalização das crianças

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(Imagem retirada da internet para fins de ilustração) Repetidas vezes chamamos a atenção para o fato do excesso de medicação, o que configura uma medicalização (Zola, 1972), que vemos acontecer atualmente. Vivemos em uma sociedade onde a maioria toma remédios: para dormir, acordar, emagrecer, engordar, recrear, estudar, etc. Não nos restam dúvidas que estamos diante de um uso abusivo de medicações. Existe o que chamamos de ‘epidemia’ de diagnósticos, e o que antes era considerado uma dificuldade da vida cotidiana ou uma particularidade de cada sujeito, hoje é considerado um transtorno para o qual tem que ser medicado. Mais surpreendente e preocupante é quando vemos o número de crianças que tomam medicamentos para poder prestar atenção nas aulas. Muitos dos que fazem dessa forma acreditam que os problemas ou as dificuldades que as crianças apresentam são resultados de má formação orgânicas ou neurológicas, e as tratam sem distinção. Sem considerar a causa que está "po

Por que nosso filho tem problemas?

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Essa pergunta fa z parte das preocupações e provoca agonia e sofrimento, em muitos pais que nos procuram na clínica psicanalítica, e nos demandam ajuda para entenderem e resolverem o que não está bem com seus filhos. Também é tema de um livro interessante da psicanalista Anny Cordié. Os pais angustiados e muitas vezes desconcertados, não entendem o porquê dos filhos não aprenderem a falar no tempo esperado, andar quando tem a maturidade para tal, socializarem quando tem estímulos e oportunidades, e não terem um bom desempenho na escola, visto que eles (os pais) oferecem o melhor! Essas famílias chegam, feridas narcísicamente, porque seus filhos têm atrasos no desenvolvimento.  Sabemos que isso não é fácil para nenhuma família.  Aceitar que os filhos tem algum problema é fundamental para poderem buscar ajuda!   O que se passa com seus filhos? O que eles pensam, porque não falam?  Muitos se surpreendem, quando dizemos e ressaltamos a importância do discurso em que a

Novas Configurações Familiares

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Finalizamos o Ciclo de palestras Como nos afeta nossa Época do Instituto Tempos Modernos, e a palestra foi a respeito das transformações que a família sofreu nos últimos tempos. As palestras e os debates tiveram como ponto alto, o fato de estarmos atentos às mudanças pelas quais os indivíduos, ou melhor, o sujeito, sofre ao longo de sua vida e das transformações sociais. Não sendo diferente com aqueles que fazem parte de uma família. Família tradicional, composta, monoparental, homoparental…o mais importante é saber como estão colocadas as funções na família: a função de mãe e a função de pai. Quando falamos de função, em psicanálise, isso significa que ela pode ser exercida tanto por alguém do sexo masculino quanto do feminino. Logo, tanto um casal heterossexual pode funcionar como uma família saudável, quanto um casal formado por duas mulheres e seus filhos, dois homens e seus filhos, uma mulher e seu filho, um homem e seu filho, uma avó com seus netos, etc. Contanto que nessa famíl

O desenho como mensagem

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                              Os desenhos têm fundamental importância para o ser falante, desde o início da humanidade — ‘vide’ as pinturas rup estres, pictográficas, formas com as quais os povos representavam o mundo em que viviam e assim transmitiam uma mensagem. A criança desde muito pequena desenha e nele representa o que ela vê, como ela enxerga e interpreta o seu entorno. É por isso que quando nos deparamos com os seus primeiros desenhos – os rabiscos — e a convidamos para falar sobre o que fizeram: poderá nos responder que ali estão: sua mãe, seu pai, ela, seus irmãos. Naquele rabisco está representado o que ela vê, a representação psíquica do que ela enxerga e, também em relação ao que sente. Por isso, essa forma de expressão é utilizada quando atendemos crianças, pois através dos desenhos, elas podem falar sobre o que fizeram, sobre suas dúvidas, seu sofrimento, e dessa forma colocarão em palavras o que desenharam e o que sentiram. E sem os desenhos alguns ditos não seriam

A Escola e a transmissão dos limites

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A Escola é a segunda instituição mais importante da vida de um sujeito. A primeira, todos sabem, é a família. No ambiente escolar, a criança se depara com adultos que estão fora do círculo familiar e que tem uma influência grande no desenvolvimento dela, pois tem a função de acolhê-la e transmitir o saber. Também é na escola que ela lida com o fato de ter que conter seus impulsos destrutivos: não pode bater, quebrar brinquedos, destruir os móveis, etc. Precisam aprender a respeitar o horário  de estudar, brincar, comer; esperar o momento de falar, de escutar o outro (professora, amigos), etc. Portanto, a escola é um lugar fundamental para o desenvolvimento da estruturação psíquica da criança. Entretanto, as famílias não podem transferir para os professores a função que lhes é própria: a função de pai e mãe, de educar os filhos, ensinar a importância dos limites.  Pois, uma coisa é a escola continuar trabalhando para desenvolver um cidadão, a outra é o fato de

Por que os pais tem medo de ter autoridade?

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        Quando não existe hierarquia em uma família, todos os membros ficam como semelhantes. Isso significa que não existe autoridade, e em consequência disso, coisas horríveis podem acontecer: filhos desrespeitam os pais e até os agridem. Visto que, equivocadamente, os pais ficam na mesma posição que seus filhos, os mesmos, sentem-se perdidos e desamparados frente as suas pulsões destrutivas. Com dificuldades de limitá-las, não conseguem abrir mão do gozo de destruição. Satisfação que existe para todo ser humano e que, se não for contido - como usualmente vemos acontecer nos dias atuais – pode levar a barbárie. Muitos indivíduos que cometem atos absurdos (como roubar, matar, violentar, agredir)  tinham cometidos outros atos anteriormente, e esses tinham sido desvalorizados, consequentemente, não foram devidamente responsabilizados. Ou porque os pais acreditaram que os filhos eram crianças e não sabiam o que estavam fazendo; porque entenderam como “arroubos d

Psicanálise - Tratamento através das palavras

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Não vou tomar remédios? Como então vou melhorar de todo esse sofrimento? O que vou fazer com toda essa angústia que sinto no peito? (e que muitas vezes é confundida com ataque cardíaco ou síndrome do pânico). Como vou acalmar essa invasão de pensamentos (negativos e obsessivos) que invadem meu ser? São algumas das frases proferidas por pacientes que nos procuram, quando não conseguem mais conviver com sua tristeza, angústia e sofrimento. O que respondemos para esses sujeitos sofredores, é que falar em análise traz alívio. Através da análise poderá tomar consciência da causa (inconsciente) do sofrimento que atinge tanto o seu corpo quanto suas relações com o outro semelhante. O trabalho psicanalítico é o de uma escuta diferenciada, em que o psicanalista escuta "além" do sentido comum, pois  lê  no discurso dos pacientes a  verdade inconsciente  a respeito das queixas e sintomas que apresentam. Escuta o que está nas entrelinhas do dizer, e dessa forma possibilita que ele re

A análise liberta as crianças daquilo que elas ouve

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Quando atendemos crianças em psicanálise, podemos libertá-las através das palavras, daquilo que elas ouviram e ouvem dos seus pais e familiares, como bem nos ensinou a psicanalista francesa, Françoise Dolto. Palavras que podem ter sido enunciadas em momentos de raiva, sofrimento ou quando suas mães não sabiam que aquilo que elas diziam afetariam negativamente seus filhos. Pois, na maioria das vezes, as pessoas dizem brincando algo que faz muito mal. Lembro-me de uma mãe que chamava seu filho de porcaria e acreditava que isso era algo carinhoso; outra quando queria fazer um carinho no filho, dava palmadinhas nele, de forma leve, para não doer, dizia. Na verdade, tanto em um exemplo quanto no outro, os filhos foram marcados em seu corpo por esses atos e os repetiam na vida adulta, e isso, óbvio, os atrapalhava. E não poderia ser de outra forma, pois acreditar que se é uma porcaria ou que palmadas são carinhos não podem trazer nenhum benefício. Na análise com crianças temos a possibi

Hormônios da Felicidade?

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É inegável o benefício de alguns medicamentos que trazem alívio para algumas dores e aliviam sofrimentos, porém é importante cautela. Nem todas as dores e sofrimentos são aliviados farmacologicamente.  Pesquisadores da Universidade Duke, na Carolina do Norte em Outubro de 2000, enviaram para o conceituado Jornal The New York Times, um estudo que mostra que praticar exercícios físicos é mais eficiente que o antidepressivo Sertralina, no tratamento da depressão (Revista Mente e Cérebro Ano XIX). Infelizmente, deram um mínimo espaço para a publicação dessa matéria no caderno de saúde. Portanto, cuidado! Antes de tomarem medicamentos, na esperança de que eles solucionem problemas, é importante que cada um se pergunte o que está acontecendo. Pois nosso corpo não responde somente as leis biológicas, responde também ao nosso desejo - inconsciente. Nos tempos atuais, existe uma exigência para que cada sujeito responda as leis do mercado, satisfazendo suas exigênci