As crianças não precisam de muitos brinquedos


(Imagem retirada da ‘internet’ — meramente ilustrativa)

Enganam-se os pais que acreditam que seus filhos precisam de muitas bonecas, muitos carrinhos, muitas bolas, aparelhos eletrônicos — aliás, tem que ter muita cautela em deixar as crianças usarem, pois, dependendo da idade é melhor que não usem —, etc.


Esse tema — sobre limites — pode parecer muito repetido em nossos artigos, mas é por sua importância fundamental para a constituição subjetiva das crianças, da realidade psíquica, que reiteradamente tocamos nesse assunto.
Elas necessitam de amor, cuidado e disciplina, pois se os pais (ou adultos que se ocupam delas) não o fizerem, elas terão muitos problemas!

Recebemos, não poucas vezes, pais amedrontados e até acuados, com medo de seus filhos. Dizendo não saberem mais o que dizer e fazer para eles ficarem quietos e os obedeçam. E isso, em relação as mais simples tarefas como: acordar, dormir, comer, estudar.
O que esses comportamentos revelam? Essas crianças desafiam a quem? A resposta é muito simples: aos seus pais. São a eles que pedem, "imploram", com seus comportamentos, seus corpos que não param, que contenham seus impulsos agressivos. 

Que lhes digam NÃO! 

Aqueles que se dispuserem a cumprir essa tarefa, comprovarão que o retorno será o de que seus filhos se acalmem, pois, a palavra pode conter, pode barrar uma pulsão.
Estamos falando aqui das pulsões agressivas.

A tarefa parece simples: senhores pais e mães olhem para seus filhos nos olhos e digam-lhes Não! 

Não! Para os perigos e armadilhas que fazem com que as crianças acreditem que podem fazer tudo! E se eles — os pais — não ensinarem o que eles precisam saber, pagarão o preço de ficarem acuados e tiranizados por seus rebentos. Em contrapartida, os filhos ficarão à mercê de suas pulsões destrutivas.
Alguns, já devem ter ouvido falar de um transtorno diagnosticado mundo afora, chamado Transtorno Desafiador Opositivo DSM-IV, esse é caracterizado por um padrão de desobediência, de desafio e comportamento hostil em relação às figuras de autoridade: pais e consequentemente professores. (DSM IV)

Temos que ter ressalvas e questionarmos se se trata de um transtorno, visto que um comportamento agressivo ou hostil, não é algo que resulta do biológico como diz o manual, e sim de uma atitude do sujeito.
É importante enfatizar, que os próprios autores no DSM reconhecem, que esse transtorno ocorre em famílias onde existe o enfraquecimento dos limites. O que comprova que se os pais não detiverem a lei e não se colocarem como aqueles que pode estabelecer as regras e disciplinas, respeitando e se responsabilizando por seu lugar hierárquico, restará aos filhos, os diagnósticos e os medicamentos!



Andreneide Dantas
09/04/15

#escutaanalitica1


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