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Mostrando postagens com o rótulo Depressão

Um abismo de tristeza - Depressão

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               Para começar, quero fazer uma distinção entre a tristeza e a depressão. O que é tristeza? É um estado de desalento, falta de alegria, infelicidade, lástima, etc. E na depressão o que ocorre? Em relação ao que temos escutado, lido ou assistido, a Depressão é um estado clínico onde encontramos uma tristeza. Mas não é somente tristeza, mas uma falta de energia, falta de desejo muito grande e uma abulia que impede o sujeito de desenvolver normalmente suas atividades: como trabalhar, namorar, comer, conversar com amigos, desempenhar suas tarefas costumeiras e até aquelas que lhe davam prazer. Dorme mal ou dorme muito. A maioria das vezes esses pacientes chegam até nós quando já estão fazendo um tratamento medicamentoso. Os miligramas de Prozac ou Fluoxetina já fazem parte do cotidiano desse paciente e, mesmo assim, a estabilização da substância — Serotonina (que atua no cérebro e é responsável pelas sensações de “alegria”, estados a...

A análise liberta as crianças daquilo que elas ouve

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Quando atendemos crianças em psicanálise, podemos libertá-las através das palavras, daquilo que elas ouviram e ouvem dos seus pais e familiares, como bem nos ensinou a psicanalista francesa, Françoise Dolto. Palavras que podem ter sido enunciadas em momentos de raiva, sofrimento ou quando suas mães não sabiam que aquilo que elas diziam afetariam negativamente seus filhos. Pois, na maioria das vezes, as pessoas dizem brincando algo que faz muito mal. Lembro-me de uma mãe que chamava seu filho de porcaria e acreditava que isso era algo carinhoso; outra quando queria fazer um carinho no filho, dava palmadinhas nele, de forma leve, para não doer, dizia. Na verdade, tanto em um exemplo quanto no outro, os filhos foram marcados em seu corpo por esses atos e os repetiam na vida adulta, e isso, óbvio, os atrapalhava. E não poderia ser de outra forma, pois acreditar que se é uma porcaria ou que palmadas são carinhos não podem trazer nenhum benefício. Na análise com crianças temos a possibi...

Hormônios da Felicidade?

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É inegável o benefício de alguns medicamentos que trazem alívio para algumas dores e aliviam sofrimentos, porém é importante cautela. Nem todas as dores e sofrimentos são aliviados farmacologicamente.  Pesquisadores da Universidade Duke, na Carolina do Norte em Outubro de 2000, enviaram para o conceituado Jornal The New York Times, um estudo que mostra que praticar exercícios físicos é mais eficiente que o antidepressivo Sertralina, no tratamento da depressão (Revista Mente e Cérebro Ano XIX). Infelizmente, deram um mínimo espaço para a publicação dessa matéria no caderno de saúde. Portanto, cuidado! Antes de tomarem medicamentos, na esperança de que eles solucionem problemas, é importante que cada um se pergunte o que está acontecendo. Pois nosso corpo não responde somente as leis biológicas, responde também ao nosso desejo - inconsciente. Nos tempos atuais, existe uma exigência para que cada sujeito responda as leis do mercado, satisfazendo suas exig...

Escutamos o sujeito que sofre

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Quando atendemos uma pessoa que nos procura, não atendemos um sintoma, uma doença ou uma síndrome. Atendemos um sujeito que pede auxílio ou socorro para aliviar seu sofrimento. Entendemos com isso, que mais importante que a doença que esse sujeito tenha ou um diagnóstico que ele tenha recebido (hoje em dia existe uma proliferação), é o fato de que esse mal-estar ou sintoma (por mais grave que seja) sempre significa "algo" para ele, mesmo que seja na forma de enigma. E à medida que vamos investigando, descobrimos que existiram muitos acontecimentos anteriores a ’crise ’, que não foram levados em consideração, pois na maioria das vezes foram vistos como algo que “ passaria” ou que o tempo resolveria. Até que chega um dia que aquilo que foi jogado para "debaixo do tapete", toma uma proporção tão grande, que fica impossível de ser ignorado. Pois existem situações e sintomas, que em vez de serem melhorados com o passar do tempo, são potencializado...

Bullying

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O Bullying escolar foi estudado na década de 70 na Suécia e na de 80 na Noruega. No Brasil, a atenção voltada para o assunto é mais recente, contamos com algumas pesquisas feitas na região de São José do Rio Preto (interior de São Paulo) e no Rio de Janeiro. Nesses estudos, foi constatado que a incidência desse fenômeno nas escolas é de 45%, número bastante significativo. Segundo o Instituto SM, o Brasil já ocupa, infelizmente, o primeiro lugar (Bullying) entre países como Espanha, Argentina, Chile e México. É muito importante ressaltar que esse fenômeno acontece tanto em escolas públicas quanto privadas, isso significa que não é específico de nenhuma classe social, mas proveniente da maldade humana. Maldade que se “mostra” desde a mais tenra idade. Não existe uma tradução para a nossa língua do termo Bullying, ele é inglês e deriva de Bully= valentão, brigão, tirano. O que caracteriza o Bullying é o comportamento repetitivo e intencional de xingamentos, abusos, perseguições e/ou vi...