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As crianças não precisam de muitos brinquedos

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(Imagem retirada da ‘internet’ — meramente ilustrativa) Enganam-se os pais que acreditam que seus filhos precisam de muitas bonecas, muitos carrinhos, muitas bolas, aparelhos eletrônicos — aliás, tem que ter muita cautela em deixar as crianças usarem, pois, dependendo da idade é melhor que não usem —, etc. Esse tema — sobre limites — pode parecer muito repetido em nossos artigos, mas é por sua importância fundamental para a constituição subjetiva das crianças, da realidade psíquica, que reiteradamente tocamos nesse assunto. Elas necessitam de amor, cuidado e disciplina, pois se os pais (ou adultos que se ocupam delas) não o fizerem, elas terão muitos problemas! Recebemos, não poucas vezes, pais amedrontados e até acuados, com medo de seus filhos. Dizendo não saberem mais o que dizer e fazer para eles ficarem quietos e os obedeçam. E isso, em relação as mais simples tarefas como: acordar, dormir, comer, estudar. O que esses comportamentos revelam? Essas crianças desafi...

Por que nosso filho tem problemas?

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Essa pergunta fa z parte das preocupações e provoca agonia e sofrimento, em muitos pais que nos procuram na clínica psicanalítica, e nos demandam ajuda para entenderem e resolverem o que não está bem com seus filhos. Também é tema de um livro interessante da psicanalista Anny Cordié. Os pais angustiados e muitas vezes desconcertados, não entendem o porquê dos filhos não aprenderem a falar no tempo esperado, andar quando tem a maturidade para tal, socializarem quando tem estímulos e oportunidades, e não terem um bom desempenho na escola, visto que eles (os pais) oferecem o melhor! Essas famílias chegam, feridas narcísicamente, porque seus filhos têm atrasos no desenvolvimento.  Sabemos que isso não é fácil para nenhuma família.  Aceitar que os filhos tem algum problema é fundamental para poderem buscar ajuda!   O que se passa com seus filhos? O que eles pensam, porque não falam?  Muitos se surpreendem, quando dizemos e ressaltamos a importância do...

Novas Configurações Familiares

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Finalizamos o Ciclo de palestras Como nos afeta nossa Época do Instituto Tempos Modernos, e a palestra foi a respeito das transformações que a família sofreu nos últimos tempos. As palestras e os debates tiveram como ponto alto, o fato de estarmos atentos às mudanças pelas quais os indivíduos, ou melhor, o sujeito, sofre ao longo de sua vida e das transformações sociais. Não sendo diferente com aqueles que fazem parte de uma família. Família tradicional, composta, monoparental, homoparental…o mais importante é saber como estão colocadas as funções na família: a função de mãe e a função de pai. Quando falamos de função, em psicanálise, isso significa que ela pode ser exercida tanto por alguém do sexo masculino quanto do feminino. Logo, tanto um casal heterossexual pode funcionar como uma família saudável, quanto um casal formado por duas mulheres e seus filhos, dois homens e seus filhos, uma mulher e seu filho, um homem e seu filho, uma avó com seus netos, etc. Contanto que nessa famíl...

Desatenção na escola: Qual é a causa?

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Quando uma criança não consegue prestar atenção em sala de aula, qual será a causa? O que tira sua atenção são preocupações (visto que são muito ocupadas com atividades extras escolares), não dormiram direito? Estão incomodadas com algum acontecimento de sua casa? Como estão seus pais?  Houve briga em casa? Mudança de residência? Alguém doente? Morte de familiar? No que estão pensando quando não estão “focadas” nos estudos? Cada criança é um sujeito em formação, com sua história singular, sua família específica, seus problemas peculiares… então, porque muitos acreditam que essas crianças precisam de medicação e não de atenção! Atenção por parte dos pais, dos professores, de alguém que olhe para elas e perguntem: O que você está sentindo? O que está acontecendo? Para que elas tenham a oportunidade de colocar em palavras seu sofrimento, visto que a criança coloca no corpo e no comportamento (assim como muitos adultos), um discurso sem palavras. Não parece interessante o termo Trans...

O desenho como mensagem

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                              Os desenhos têm fundamental importância para o ser falante, desde o início da humanidade — ‘vide’ as pinturas rup estres, pictográficas, formas com as quais os povos representavam o mundo em que viviam e assim transmitiam uma mensagem. A criança desde muito pequena desenha e nele representa o que ela vê, como ela enxerga e interpreta o seu entorno. É por isso que quando nos deparamos com os seus primeiros desenhos – os rabiscos — e a convidamos para falar sobre o que fizeram: poderá nos responder que ali estão: sua mãe, seu pai, ela, seus irmãos. Naquele rabisco está representado o que ela vê, a representação psíquica do que ela enxerga e, também em relação ao que sente. Por isso, essa forma de expressão é utilizada quando atendemos crianças, pois através dos desenhos, elas podem falar sobre o que fizeram, sobre suas dúvidas, seu sofrimento, e dessa forma colocarão em palavras o q...

Ritalina em vez da palavra?

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(Imagem retirada da internet - meramente ilustrativa) P orque seu uso cresceu demasiado? Não podemos deixar de nos surpreendermos, com o dado que foi veiculado recentemente na mídia, sobre o uso da substância Metilfenidato, cujo nome comercial é Ritalina.  As informações divulgadas revelaram um aumento de 775% no uso desse remédio. Os dados são resultados da importante pesquisa realizada pela psicóloga Denise Barros, do Instituto de Medicina Social da UERJ, que foi veiculado nos principais jornais e revistas do país. (Veja - agosto 2014, jornal Estadão...) A maioria talvez saiba, que o remédio descrito acima, é indicado para pessoas, principalmente crianças e adolescentes, que receberam o diagnóstico de Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). E como podemos justificar esses dados alarmantes? O que aconteceu com as crianças brasileiras nos últimos 10 anos? Terão as famílias tido mais acesso ao diagnóstico - como defendem alguns -  ou o medica...