Palavras - alimento para constituição subjetiva do sujeito
O
filhote do homem — o pequeno infans — o
bebê, é um ser totalmente indefeso que necessita, quando nasce, de um Outro
que satisfaça suas necessidades alimentícias e de asseios.
Porém, o ser humano não precisa somente de alimentação e cuidados básicos para se
desenvolver, ele necessita também do olhar e de palavras. E esse "alimento" vai depender da relação
entre sua mãe e ele. Pois, quando ele emite um grito ou o choro, ela interpretará e lhe devolverá como um sinal de: “é choro de fome”; “é choro
de frio”, etc.
Através
das palavras que a mãe emitir, o bebê receberá o "alimento" que transformará seu
pequeno corpo biológico em um corpo simbólico, banhado pela linguagem.
E
todo o desenvolvimento psico-físico-motor estará relacionado com essa fase de
vida, que responde ao desejo inconsciente da mãe: quando vai deixar de mamar, deixar de usar fraldas, vai andar, falar... (exceto, quando existem problemas orgânicos)
Portanto,
o bebê necessita da mãe para satisfazer suas necessidades biológicas, para sua sobrevivência
e para a constituição subjetiva enquanto sujeito.
As
palavras não são somente palavras, elas são significantes que "transportam", transmitem tanto
o amor, quanto o ódio, e fazem inscrição no corpo do bebê deixando marcas.
Andreneide Dantas
12/01/16
12/01/16
#escutaanalitica1
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