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Mostrando postagens com o rótulo inconsciente

Divertida-mente

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O filme da Pixar explica de forma lúdica e criativa o papel das emoções e das memórias na formação psíquica e na personalidade de Riley, uma pré-adolescente de onze anos, mostrando de dentro para fora o trabalho das emoções para encontrar um equilíbrio frente às adversidades que a vida impõe. Abordando temas psicanalíticos como sonhos, inconsciente, luto e o papel da tristeza como emoção básica necessária na constituição do sujeito. O nascimento de Riley se dá pelo desejo e alegria de seus pais. Sabemos que quando os pais possuem desejos de alegria e amor, que são relatados muitas vezes antes de sua concepção, faz diferença na vida de cada sujeito que nasceu porque foi desejado por outro, para o bem ou para o mal. No caso de Riley, foi desejada e recebida com alegria pelos pais (a sala de controle dentro do cérebro da menina é comandada primeiramente pela alegria). As outras emoções vão chegando sem muita demora, a alegria passa a ter a companhia da tristeza, da raiva, do medo e o “noj...

Vídeo: Psicanálise & Psicoterapia

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hashtag: #escutaanalitica1

Adolescência e suas dificuldades

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(Foto retirada da Internet para fins ilustrativos) Na adolescência a exigência do luto da posição infantil, faz com que o adolescente tenha dificuldade de entrar no mundo adulto. Os adolescentes aprenderam e presenciaram, através dos pais, a visão deles do mundo incluindo os seus conflitos emocionais. Muitos fazem dos seus filhos seus confidentes, sobrecarregando-os com sentimentos, dos quais são impotentes e meros espectadores. Os adolescentes têm hoje, dificuldades em saber lidar com suas próprias emoções. O aprendizado através dos seus relacionamentos é difícil e isso traz muita ansiedade. Acham-se inadequados por não saberem fazer com isso algo satisfatório, sentindo-se alvo de bullying ou rejeitados por seus pares. O que acontece, hoje, que essa fragilidade nos adolescentes fica tão aparente? Será que os pais ao tentarem ser tão “amigos”, fazendo-os participarem tanto do seu universo, não estão deixando de escuta-los? E para isso é necessário perceber q...

Atendimento psicanalítico a crianças

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Quando atendemos crianças, primeiro recebemos os pais para escutarmos qual é a queixa e descobrir de onde provém a demanda: do médico, da escola ou dos próprios pais. É mais comum que a indicação seja da escola, pois um professor atento percebe quando algo não está bem no desenvolvimento educacional daquele aluno: que pode apresentar dificuldades de aprendizagem; em se inserir ou permanecer em grupo; apresentar comportamento de agressividade ou isolamento, etc. Quando a indicação é do médico — geralmente pediatra — é porque a criança apresenta doenças repetitivas; se encontram constantemente com viroses; têm dificuldades na alimentação; se encontram abaixo ou acima do peso, ou quando percebem que a criança é indisciplinada. O tratamento é indicado sempre que houver sofrimento. O corpo é afetado por tudo que sentimos, desde os sentimentos bons até os ruins. Dado que as palavras têm o poder de aliviar um sofrimento e também de deixar cicatrizes profundas que podem obstaculizar o desen...

Palavras - alimento para constituição subjetiva do sujeito

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O filhote do homem — o pequeno infans —  o bebê, é um ser totalmente indefeso que necessita, quando nasce, de um Outro que satisfaça suas necessidades alimentícias e de asseios. Isso acontece porque diferente das outras espécies, o bebê é sempre prematuro. Não consegue buscar seu alimento, por isso precisa de um Outro, no caso a mãe — ou quem vá a esse lugar — para cumprir essa função. Porém, o ser humano não precisa somente de alimentação e cuidados básicos para se desenvolver, ele necessita também do olhar e de palavras . E esse "alimento" vai depender da relação entre sua mãe e ele. Pois, quando ele emite um grito ou o choro, ela interpretará e lhe devolverá como um sinal de: “ é choro de fome ”; “ é choro de frio ”, etc. Através das palavras que a mãe emitir, o bebê receberá o "alimento" que transformará seu pequeno corpo biológico em um corpo simbólico, banhado pela linguagem. E todo o desenvolvimento psico-físico-motor estará relacionado c...

Psicanálise - Tratamento através das palavras

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Não vou tomar remédios? Como então vou melhorar de todo esse sofrimento? O que vou fazer com toda essa angústia que sinto no peito? (e que muitas vezes é confundida com ataque cardíaco ou síndrome do pânico). Como vou acalmar essa invasão de pensamentos (negativos e obsessivos) que invadem meu ser? São algumas das frases proferidas por pacientes que nos procuram, quando não conseguem mais conviver com sua tristeza, angústia e sofrimento. O que respondemos para esses sujeitos sofredores, é que falar em análise traz alívio. Através da análise poderá tomar consciência da causa (inconsciente) do sofrimento que atinge tanto o seu corpo quanto suas relações com o outro semelhante. O trabalho psicanalítico é o de uma escuta diferenciada, em que o psicanalista escuta "além" do sentido comum, pois  lê  no discurso dos pacientes a  verdade inconsciente  a respeito das queixas e sintomas que apresentam. Escuta o que está nas entrelinhas do dizer, e dessa forma possibilita q...

A análise liberta as crianças daquilo que elas ouve

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Quando atendemos crianças em psicanálise, podemos libertá-las através das palavras, daquilo que elas ouviram e ouvem dos seus pais e familiares, como bem nos ensinou a psicanalista francesa, Françoise Dolto. Palavras que podem ter sido enunciadas em momentos de raiva, sofrimento ou quando suas mães não sabiam que aquilo que elas diziam afetariam negativamente seus filhos. Pois, na maioria das vezes, as pessoas dizem brincando algo que faz muito mal. Lembro-me de uma mãe que chamava seu filho de porcaria e acreditava que isso era algo carinhoso; outra quando queria fazer um carinho no filho, dava palmadinhas nele, de forma leve, para não doer, dizia. Na verdade, tanto em um exemplo quanto no outro, os filhos foram marcados em seu corpo por esses atos e os repetiam na vida adulta, e isso, óbvio, os atrapalhava. E não poderia ser de outra forma, pois acreditar que se é uma porcaria ou que palmadas são carinhos não podem trazer nenhum benefício. Na análise com crianças temos a possibi...

Você tem mania de quê?

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Muitas pessoas têm hábitos ou manias de várias coisas, outros têm superstições. Nas duas situações elas podem viver e conviver bem com elas, como se fizessem parte de seu ser. Existem aqueles que “brincam” e dizem que ‘ esses são eles’ como se fossem seus cartões de visita, o que os identificam. Por outro lado, existem hábitos ou manias mantidas em segredo: mania de deixar sapatos enfileirados, quadros milimetricamente arrumados, mania de lavar as mãos diversas vezes, de verificar se o botão do fogão está desligado, verificar se deixou a porta fechada e conferir se escreveu, mesmo, "um  trabalho ou artigo"  que queria. Muitas  manias  são sentidas como imperativos (rituais), acompanhadas sempre de fantasias e pensamentos negativos: “se não fizerem tal ato  algo de muito ruim (que pode ser até um acidente, doença ou morte ) pode acontecer com eles ou com um dos familiares”. N os dizem os pacientes. Portanto, um ciclo se repete: eles têm pensamentos ru...

Como dizer "Não"!

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Essa é uma tarefa nada fácil para muitas pessoas, principalmente para os pais que nos procuram aflitos, porque seus filhos estão muito agressivos, violentos, ou que se recusam a dormir, comer e ou tomar banho. Essas últimas, tarefas simples do dia-a-dia de todo sujeito, mas que nesses casos são acompanhadas de brigas, xingamentos e gritos, que desconcertam os pais e adoecem os filhos. Existe uma crença nesses pais de que seus filhos não os obedecem porque tem algum problema orgânico, "talvez"  alguma doença ou algum gene “ruim ” herdado de um parente distante, quem sabe aquele parente “menosprezado”. Quando investigamos o cotidiano dessas famílias, descobrimos que são muito permissivos, portam-se como "amigos" dos filhos, influenciados pelo imaginário social, que dita a moda equivocada do “ seja amigo do seu filho”. Pensar e agir assim, é um grande equívoco, que atrapalha o desenvolvimento psíquico da criança e promove o enfraquecimento da autorid...

Com-pulsão em Compras

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Por que tantas pessoas sofrem com o ato de fazer compras? Na verdade, o sofrimento não é sentido durante o ato, e sim, logo após, o mesmo. Esse comportamento chama tanta atenção que criaram novas expressões: “viciados em compras”, “shopaholics” ou “onanie”. Quer seja um ou outro nome dado a essa compulsão, o importante é sabermos por que isso afeta tantas pessoas. O que leva com que milhões de pessoas se entreguem a esse vício que traz tantas consequências? Por que existem mulheres e homens que por não conseguirem se controlar, extrapolam seus limites, o limite de seu cartão de crédito e às vezes leva a si e sua família à ruína financeira? O próprio nome já nos dá uma pista, pois quando falamos de compulsão em compras, podemos ler com-pulsão, e não, desejo em compras. Trata-se, portanto, da pulsão.  Algo que os pacientes em análise, reconhecem como alguma coisa mais forte que a vontade, algo que os impele a sair de casa e comprar. Às vezes não importa o que seja, podem ser sapato...

Por que Escuta Analítica?

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Porque é o que melhor define nossa prática: a escuta que, desde Freud, tem possibilitado àquele que sofre, encontrar-se naquilo que diz. Pois, é através do discurso que o sujeito revela seus sintomas e só através da palavra pode livrar-se "disso" que o incomoda e faz sofrer. No início da análise as queixas referem-se à mãe, pai, chefes, namorado, filhos, marido, esposa, falta de sorte, destino, etc. Chegam em posição de "objetos", acreditando-se vítimas que nada têm a ver com o que lhes acontecem e nada podem fazer a respeito da desordem em que se encontram, porque "foram colocados" neste lugar, como nos situa o psicanalista Roberto Harari. O trabalho do analista, é mostrar ao analisando sua insubstituível colaboração para sair desta desordem. Ele escuta o discurso do paciente sem tentar compreender o que este fala, ao contrário, lê aquilo que escapa aos outros campos de discurso. Trabalha com os lapsos, sonhos, interroga sobre os esquecimentos, lem...