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Mostrando postagens com o rótulo Educação

Atendimento psicanalítico a crianças

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Quando atendemos crianças, primeiro recebemos os pais para escutarmos qual é a queixa e descobrir de onde provém a demanda: do médico, da escola ou dos próprios pais. É mais comum que a indicação seja da escola, pois um professor atento percebe quando algo não está bem no desenvolvimento educacional daquele aluno: que pode apresentar dificuldades de aprendizagem; em se inserir ou permanecer em grupo; apresentar comportamento de agressividade ou isolamento, etc. Quando a indicação é do médico — geralmente pediatra — é porque a criança apresenta doenças repetitivas; se encontram constantemente com viroses; têm dificuldades na alimentação; se encontram abaixo ou acima do peso, ou quando percebem que a criança é indisciplinada. O tratamento é indicado sempre que houver sofrimento. O corpo é afetado por tudo que sentimos, desde os sentimentos bons até os ruins. Dado que as palavras têm o poder de aliviar um sofrimento e também de deixar cicatrizes profundas que podem obstaculizar o desen

Palavras - alimento para constituição subjetiva do sujeito

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O filhote do homem — o pequeno infans —  o bebê, é um ser totalmente indefeso que necessita, quando nasce, de um Outro que satisfaça suas necessidades alimentícias e de asseios. Isso acontece porque diferente das outras espécies, o bebê é sempre prematuro. Não consegue buscar seu alimento, por isso precisa de um Outro, no caso a mãe — ou quem vá a esse lugar — para cumprir essa função. Porém, o ser humano não precisa somente de alimentação e cuidados básicos para se desenvolver, ele necessita também do olhar e de palavras . E esse "alimento" vai depender da relação entre sua mãe e ele. Pois, quando ele emite um grito ou o choro, ela interpretará e lhe devolverá como um sinal de: “ é choro de fome ”; “ é choro de frio ”, etc. Através das palavras que a mãe emitir, o bebê receberá o "alimento" que transformará seu pequeno corpo biológico em um corpo simbólico, banhado pela linguagem. E todo o desenvolvimento psico-físico-motor estará relacionado c

Disciplina e rendimento escolar

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(Imagem retirada da internet para fins de ilustração) Os professores sofrem em sala de aula para exercerem bem, sua função, pois,  além de ensinarem a disciplina ( e sabemos que essa tarefa não é fácil ), ainda tem que ensinar regras básicas de convivências aos alunos. Tarefa essa, que não lhes compete, e sim, aos responsáveis pela educação dos mesmos! Sendo assim, as crianças que vão para a escola já deveriam ter aprendido! Está provado, por pesquisas — como a que foi desenvolvida pela Fundação Lemann — e veiculada em março último pelo Fantástico, e principalmente por experiências, que quando uma criança recebe disciplina em casa, tem melhores condições de aprender em sala de aula. Pois terão condições de respeitar seus professores. Quando lhe são ensinados o que é certo e errado, o que podem ou não fazer, sentem-se bem, percebem-se crescendo, fazendo parte de um mundo regido por regras e leis. Por acréscimo, também descobrem que agradam aos pais com suas co

A Escola e a transmissão dos limites

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A Escola é a segunda instituição mais importante da vida de um sujeito. A primeira, todos sabem, é a família. No ambiente escolar, a criança se depara com adultos que estão fora do círculo familiar e que tem uma influência grande no desenvolvimento dela, pois tem a função de acolhê-la e transmitir o saber. Também é na escola que ela lida com o fato de ter que conter seus impulsos destrutivos: não pode bater, quebrar brinquedos, destruir os móveis, etc. Precisam aprender a respeitar o horário  de estudar, brincar, comer; esperar o momento de falar, de escutar o outro (professora, amigos), etc. Portanto, a escola é um lugar fundamental para o desenvolvimento da estruturação psíquica da criança. Entretanto, as famílias não podem transferir para os professores a função que lhes é própria: a função de pai e mãe, de educar os filhos, ensinar a importância dos limites.  Pois, uma coisa é a escola continuar trabalhando para desenvolver um cidadão, a outra é o fato de

Brincar é coisa séria

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                                 Tem sido muito falado na mídia sobre a importância do brincar. Isso é um fato! Mas o que nos chama atenção é o porquê da necessidade de falarmos sobre um assunto que é de conhecimento de todos. Se não é, deveria ser. Pensei e cheguei à conclusão de que se precisamos divulgar e defender a importância do brincar é porque a situação está complicada. E isso é consequência da vida moderna e de toda a carga de obrigações colocadas muito cedo para as crianças. Há algum tempo, a vida adulta era reconhecida pela entrada no mercado de trabalho, passando pelo fim da adolescência, quando os meninos e meninas iam pouco a pouco abandonando seus brinquedos e brincadeiras. Ou melhor dizendo, substituíam, à medida que se interessavam pelo sexo com parceiros, com as paqueras, namoros, saídas para bailinhos e festas, sem a presença dos pais. Hoje encontramos cada vez mais cedo, crianças com agenda de adultos e não têm tempo para brincar ou que brincam virtualmente. O bri

Bullying

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O Bullying escolar foi estudado na década de 70 na Suécia e na de 80 na Noruega. No Brasil, a atenção voltada para o assunto é mais recente, contamos com algumas pesquisas feitas na região de São José do Rio Preto (interior de São Paulo) e no Rio de Janeiro. Nesses estudos, foi constatado que a incidência desse fenômeno nas escolas é de 45%, número bastante significativo. Segundo o Instituto SM, o Brasil já ocupa, infelizmente, o primeiro lugar (Bullying) entre países como Espanha, Argentina, Chile e México. É muito importante ressaltar que esse fenômeno acontece tanto em escolas públicas quanto privadas, isso significa que não é específico de nenhuma classe social, mas proveniente da maldade humana. Maldade que se “mostra” desde a mais tenra idade. Não existe uma tradução para a nossa língua do termo Bullying, ele é inglês e deriva de Bully= valentão, brigão, tirano. O que caracteriza o Bullying é o comportamento repetitivo e intencional de xingamentos, abusos, perseguições e/ou vi