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Por que nosso filho tem problemas?

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Essa pergunta fa z parte das preocupações e provoca agonia e sofrimento, em muitos pais que nos procuram na clínica psicanalítica, e nos demandam ajuda para entenderem e resolverem o que não está bem com seus filhos. Também é tema de um livro interessante da psicanalista Anny Cordié. Os pais angustiados e muitas vezes desconcertados, não entendem o porquê dos filhos não aprenderem a falar no tempo esperado, andar quando tem a maturidade para tal, socializarem quando tem estímulos e oportunidades, e não terem um bom desempenho na escola, visto que eles (os pais) oferecem o melhor! Essas famílias chegam, feridas narcísicamente, porque seus filhos têm atrasos no desenvolvimento.  Sabemos que isso não é fácil para nenhuma família.  Aceitar que os filhos tem algum problema é fundamental para poderem buscar ajuda!   O que se passa com seus filhos? O que eles pensam, porque não falam?  Muitos se surpreendem, quando dizemos e ressaltamos a importância do discurso em que a

Por que os pais tem medo de ter autoridade?

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        Quando não existe hierarquia em uma família, todos os membros ficam como semelhantes. Isso significa que não existe autoridade, e em consequência disso, coisas horríveis podem acontecer: filhos desrespeitam os pais e até os agridem. Visto que, equivocadamente, os pais ficam na mesma posição que seus filhos, os mesmos, sentem-se perdidos e desamparados frente as suas pulsões destrutivas. Com dificuldades de limitá-las, não conseguem abrir mão do gozo de destruição. Satisfação que existe para todo ser humano e que, se não for contido - como usualmente vemos acontecer nos dias atuais – pode levar a barbárie. Muitos indivíduos que cometem atos absurdos (como roubar, matar, violentar, agredir)  tinham cometidos outros atos anteriormente, e esses tinham sido desvalorizados, consequentemente, não foram devidamente responsabilizados. Ou porque os pais acreditaram que os filhos eram crianças e não sabiam o que estavam fazendo; porque entenderam como “arroubos d

Espera e o ritmo de desenvolvimento do bebê.

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(Imagem retirada da internet para fins de ilustração)         Quando uma criança nasce, já existe um mundo de linguagem esperando-a. Um nome foi escolhido, expectativas tiveram lugar, às vezes com sentimentos bons e outras vezes nem tanto... E vai ser em relação a essa demanda (todo o discurso do seu meio familiar) que ela vai responder com seu corpo frágil, característico dessa fase de vida. Responderá principalmente, ao desejo da mãe ou de quem vá a esse lugar. Se a criança vai chorar muito ou pouco, se vai mamar, pegar no bico do peito da mãe, dormir nas horas "certas" (espera-se que durante á noite), se vai crescer dentro do esperado para sua faixa etária, se vai sorrir, interagir, engordar, etc. Tudo isso vai depender da qualidade do vínculo e do desejo desse Outro que vai se ocupar dela. Isso significa que o seu desenvolvimento vai ser marcado e pontuado de acordo com os cuidados e desejo dessa mãe. Será través do seu discurso e do desejo inconsciente del

Deixem seus filhos crescerem

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Alguns pais se queixam de que seus filhos são infantis, imaturos e irresponsáveis. Que não estudam, não cuidam de seus pertences, de seus horários ou não trabalham. Dizem que “não aguentam mais” levá-los de um lado para outro, como se fossem seus “motoristas”. Nos procuram para atender a seus filhos, pois acreditam que eles estão com problemas graves. É verdade que esses filhos estão com problemas, mas também é verdade que esses pais não escapam disso. Pois, acrescido ao fato de que sofrem as consequências desses comportamentos, na maioria das vezes, o comportamento dos filhos é decorrente do comportamento dos pais.  Reclamam, se queixam, porém, continuam fazendo com que essas atitudes se repitam, ou acreditam não poder fazer nada para mudar. Quando, na verdade, continuam mimando  seus filhos. Uma mulher se queixou da filha de 24 anos, que começou a fazer três cursos e interrompeu porque não gostou; outra, que sua filha saiu do trabalho porque não gostava do chefe. Nos dois casos, as j

As dores dos Adolescentes

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                                                O período da adolescência é marcado por várias transformações: tanto físicas, psíquicas, quanto sociais. Isso traz consequências, tanto para o menino quanto para a menina. Nesse período, eles ‘’ gritam’ ’ para o mundo suas dores, que aparecem através da agressividade, rebeldias, enfrentamentos com figuras de autoridade (pais e professores) e outras vezes (cada vez mais) seus sofrimentos são mostrados e sentidos através do corpo. Nessa lista encontramos desde doenças recorrentes: como anemias, gripes, pneumonias quanto outras que são mais graves ainda: tumores, transtornos alimentares (anorexia, bulimias), problemas com drogas, ferimentos no corpo, depressões, isolamento... Todos esses males são uma forma de demonstrar que algo  não está bem. Quando recebemos esses adolescentes no consultório, nos deparamos com sujeitos frágeis, que nos dizem não saber o que fazer para aceitar essa nova posição na vida: “ não sou mais cria

Como dizer "Não"!

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Essa é uma tarefa nada fácil para muitas pessoas, principalmente para os pais que nos procuram aflitos, porque seus filhos estão muito agressivos, violentos, ou que se recusam a dormir, comer e ou tomar banho. Essas últimas, tarefas simples do dia-a-dia de todo sujeito, mas que nesses casos são acompanhadas de brigas, xingamentos e gritos, que desconcertam os pais e adoecem os filhos. Existe uma crença nesses pais de que seus filhos não os obedecem porque tem algum problema orgânico, "talvez"  alguma doença ou algum gene “ruim ” herdado de um parente distante, quem sabe aquele parente “menosprezado”. Quando investigamos o cotidiano dessas famílias, descobrimos que são muito permissivos, portam-se como "amigos" dos filhos, influenciados pelo imaginário social, que dita a moda equivocada do “ seja amigo do seu filho”. Pensar e agir assim, é um grande equívoco, que atrapalha o desenvolvimento psíquico da criança e promove o enfraquecimento da autorid