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Espera e o ritmo de desenvolvimento do bebê.

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(Imagem retirada da internet para fins de ilustração)         Quando uma criança nasce, já existe um mundo de linguagem esperando-a. Um nome foi escolhido, expectativas tiveram lugar, às vezes com sentimentos bons e outras vezes nem tanto... E vai ser em relação a essa demanda (todo o discurso do seu meio familiar) que ela vai responder com seu corpo frágil, característico dessa fase de vida. Responderá principalmente, ao desejo da mãe ou de quem vá a esse lugar. Se a criança vai chorar muito ou pouco, se vai mamar, pegar no bico do peito da mãe, dormir nas horas "certas" (espera-se que durante á noite), se vai crescer dentro do esperado para sua faixa etária, se vai sorrir, interagir, engordar, etc. Tudo isso vai depender da qualidade do vínculo e do desejo desse Outro que vai se ocupar dela. Isso significa que o seu desenvolvimento vai ser marcado e pontuado de acordo com os cuidados e desejo dessa mãe. Será través do seu discurso e do desejo inconsciente del

Alunos com dificuldades escolares - Qual é a causa ?

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(Imagem retirada da internet para fins de ilustração)                               A escola é um lugar que possibilita o desenvolvimento do sujeito, também é um lugar de socialização. É fato comprovado que muitas crianças apresentam problemas ou dificuldades escolares e que, na  maioria, essas dificuldades não têm  uma única causa . Podemos encontrar um conjunto de situações que incidem ou culminam nas dificuldades e que podem – se não forem tratados – evoluir para o fracasso escolar. Portanto, não se trata de ‘procurar culpados’ , para justificar esse sintoma, e sim de entender quais são os fatores que podem estar influenciando para que esses alunos não tenham um desenvolvimento escolar dentro do esperado. E se não for feita uma avaliação cuidadosa, podemos encontrar diversas situações em que o aluno é considerado e rotulado de preguiçoso, quando, na verdade,  existem fatores emocionais que podem estar impedindo o desejo de “ querer saber ”, de  “ querer aprender ”.

Seus filhos não são bem-vindos em alguns lugares?

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(Imagem retirada da internet para fins de ilustração) Quantos de vocês já passaram por essa situação: alguns amigos te dizem que não podem se encontrar com você, outros desconversam, adiam... Vocês sabem  por quê? Agora imaginem as cenas:  Cena 1 : crianças subindo no sofá, pegando objetos, derrubando, quebrando outros, gritando, correndo... Cena 2 : crianças que ao chegar a loja de brinquedos, recebe uma negativa em relação a algo que queriam ganhar, gritam, se jogam no chão e fazem um escândalo. Os pais envergonhados cedem ao pedido, que "erroneamente" recebem dos filhos como se fosse "uma ordem!". Os ditos acima parecem ter saído de algum filme, porém é a realidade de muitas famílias brasileiras, com dificuldades em limitar os desejos, tantas vezes desmedidos, dos filhos. O que acontece com essas famílias? Quem é o adulto nessa situação? Quem consegue dar a ordem? Como fazer? Alguns pais perguntam: “ Como dizer não e aguentar a verg

O que eu sinto afeta meu corpo?

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É de fundamental importância que cada sujeito reconheça que têm um corpo, e que o mesmo responde: aos seus pensamentos, sentimentos e ao seu discurso. O número de pessoas que sofrem de males orgânicos e dedicam, muito tempo, procurando as causas somente em algum mau funcionamento de seu organismo, é grande. Atendi um paciente que procurou mais de cinco especialistas para encontrar a possível causa de seu mal-estar. Na relação de especialistas consultou-se com: cardiologista, endocrinologista, ortopedista, neurologista e gastroenterologista.  Sua queixa: sentia muitas dores pelo corpo: arritmias, enjoos, dores no peito, costas, cabeça, etc. Em alguns momentos acreditou que iria ter um " ataque cardíaco". Como esperado, os médicos indicaram exames específicos a cada especialidade e por fim, um indicou o tratamento psicológico, já que seus exames não  comprovaram  nenhuma disfunção orgânica. O paciente relutou muito, pois  “não podia acreditar ” que não tinha uma causa or

Hormônios da Felicidade?

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É inegável o benefício de alguns medicamentos que trazem alívio para algumas dores e aliviam sofrimentos, porém é importante cautela. Nem todas as dores e sofrimentos são aliviados farmacologicamente.  Pesquisadores da Universidade Duke, na Carolina do Norte em Outubro de 2000, enviaram para o conceituado Jornal The New York Times, um estudo que mostra que praticar exercícios físicos é mais eficiente que o antidepressivo Sertralina, no tratamento da depressão (Revista Mente e Cérebro Ano XIX). Infelizmente, deram um mínimo espaço para a publicação dessa matéria no caderno de saúde. Portanto, cuidado! Antes de tomarem medicamentos, na esperança de que eles solucionem problemas, é importante que cada um se pergunte o que está acontecendo. Pois nosso corpo não responde somente as leis biológicas, responde também ao nosso desejo - inconsciente. Nos tempos atuais, existe uma exigência para que cada sujeito responda as leis do mercado, satisfazendo suas exigênci

A tarefa de educar filhos.

Essa é uma tarefa bastante trabalhosa, mas também muito gratificante. É o que reconhecem aqueles que escolhem ter filhos, mesmo tendo que abdicar do seu narcisismo para cuidar de um outro ser. No caso, indefeso, que está completamente numa situação de desamparo, que depende completamente dele. Ainda assim, essa é uma experiência maravilhosa. Mas, também é verdade que é uma experiência que dá muito trabalho, gera muitas perguntas, inquietações, dúvidas, frustrações e até medos. Medo de que não esteja fazendo a coisa certa, de que não esteja falando a palavra correta, de que não esteja dando amor suficiente (suficiente para quê?), de que não esteja realizando os desejos, colocando os limites necessários para que aquele pequeno ser falante possa se tornar um adulto sadio, etc. E para aqueles que tiverem seus filhos e não se perguntarem tudo isso, que acreditam que estão completamente certos do que estão fazendo, podemos dizer que estão muito equivocados. Estão, talvez, supri

Você tem mania de quê?

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Muitas pessoas têm hábitos ou manias de várias coisas, outros têm superstições. Nas duas situações elas podem viver e conviver bem com elas, como se fizessem parte de seu ser. Existem aqueles que “brincam” e dizem que ‘ esses são eles’ como se fossem seus cartões de visita, o que os identificam. Por outro lado, existem hábitos ou manias mantidas em segredo: mania de deixar sapatos enfileirados, quadros milimetricamente arrumados, mania de lavar as mãos diversas vezes, de verificar se o botão do fogão está desligado, verificar se deixou a porta fechada e conferir se escreveu, mesmo, "um  trabalho ou artigo"  que queria. Muitas  manias  são sentidas como imperativos (rituais), acompanhadas sempre de fantasias e pensamentos negativos: “se não fizerem tal ato  algo de muito ruim (que pode ser até um acidente, doença ou morte ) pode acontecer com eles ou com um dos familiares”. N os dizem os pacientes. Portanto, um ciclo se repete: eles têm pensamentos ruins e para liv

Deixem seus filhos crescerem

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Alguns pais se queixam de que seus filhos são infantis, imaturos e irresponsáveis. Que não estudam, não cuidam de seus pertences, de seus horários ou não trabalham. Dizem que “não aguentam mais” levá-los de um lado para outro, como se fossem seus “motoristas”. Nos procuram para atender a seus filhos, pois acreditam que eles estão com problemas graves. É verdade que esses filhos estão com problemas, mas também é verdade que esses pais não escapam disso. Pois, acrescido ao fato de que sofrem as consequências desses comportamentos, na maioria das vezes, o comportamento dos filhos é decorrente do comportamento dos pais.  Reclamam, se queixam, porém, continuam fazendo com que essas atitudes se repitam, ou acreditam não poder fazer nada para mudar. Quando, na verdade, continuam mimando  seus filhos. Uma mulher se queixou da filha de 24 anos, que começou a fazer três cursos e interrompeu porque não gostou; outra, que sua filha saiu do trabalho porque não gostava do chefe. Nos dois casos, as j

Escutamos o sujeito que sofre

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Quando atendemos uma pessoa que nos procura, não atendemos um sintoma, uma doença ou uma síndrome. Atendemos um sujeito que pede auxílio ou socorro para aliviar seu sofrimento. Entendemos com isso, que mais importante que a doença que esse sujeito tenha ou um diagnóstico que ele tenha recebido (hoje em dia existe uma proliferação), é o fato de que esse mal-estar ou sintoma (por mais grave que seja) sempre significa "algo" para ele, mesmo que seja na forma de enigma. E à medida que vamos investigando, descobrimos que existiram muitos acontecimentos anteriores a ’crise ’, que não foram levados em consideração, pois na maioria das vezes foram vistos como algo que “ passaria” ou que o tempo resolveria. Até que chega um dia que aquilo que foi jogado para "debaixo do tapete", toma uma proporção tão grande, que fica impossível de ser ignorado. Pois existem situações e sintomas, que em vez de serem melhorados com o passar do tempo, são potencializado

As dores dos Adolescentes

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                                                O período da adolescência é marcado por várias transformações: tanto físicas, psíquicas, quanto sociais. Isso traz consequências, tanto para o menino quanto para a menina. Nesse período, eles ‘’ gritam’ ’ para o mundo suas dores, que aparecem através da agressividade, rebeldias, enfrentamentos com figuras de autoridade (pais e professores) e outras vezes (cada vez mais) seus sofrimentos são mostrados e sentidos através do corpo. Nessa lista encontramos desde doenças recorrentes: como anemias, gripes, pneumonias quanto outras que são mais graves ainda: tumores, transtornos alimentares (anorexia, bulimias), problemas com drogas, ferimentos no corpo, depressões, isolamento... Todos esses males são uma forma de demonstrar que algo  não está bem. Quando recebemos esses adolescentes no consultório, nos deparamos com sujeitos frágeis, que nos dizem não saber o que fazer para aceitar essa nova posição na vida: “ não sou mais cria