Escuta Analítica - clínica de psicanálise com experiência de 20 anos no atendimento psicanalítico àquele que sofre (crianças, adolescentes, adultos e idosos).
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Novas Configurações Familiares
Ontem, apresentamos a última palestra do Ciclo "Como nos afeta nossa Época" do Instituto Tempos Modernos em parceria com a Escuta Analítica, onde falamos das transformações que a família sofreu nos últimos tempos.
As palestras e o debate teve como ponto alto, o fato de nós psicanalistas estarmos atentos a todas as mudanças pelas quais os indivíduos, ou melhor, o sujeito sofre ao longo de sua vida. E ao longo das transformações sociais. Não sendo diferente com aqueles que fazem parte de uma família.
Família tradicional, recomposta, monoparental, homoparental...o mais importante é saber como estão colocadas as funções dentro da família: a função da mãe e a função do pai.
E quando dizemos função em psicanálise, isso significa que ela pode ser exercida tanto por alguém do sexo masculino, quanto do feminino.
Logo, tanto um casal heterossexual pode funcionar como uma família saudável, quanto um casal formado por duas mulheres e seus filhos, dois homens e seus filhos, uma mulher e seu filho, um homem e seu filho, uma avó com seus netos, etc.
Contanto que nessa família haja respeito, transmissão dos valores, da ética e principalmente a imposição dos limites e das diferenças entre as gerações - onde fica claro quem manda - as funções serão sustentadas.
De quem é a autoridade! Quem manda?
Se esses limites e essa diferença não operar, os filhos (as crianças) ficarão á mercê de seus impulsos destrutivos.
Pai e mãe tem que deixar bem claro qual é sua função: cuidar, amar, transmitir os valores, ensinar o que é certo e errado, e principalmente dizer ao filho o que ele pode ou não fazer!
Somente assim, eles poderão se constituir como sujeitos de deveres, direitos e desejo.
Para que isso aconteça os pais devem tratar a seus filhos como sujeitos separado deles e não como objetos!
#família #psicanalise #pais #homoparental #famíliarecomposta #pais
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Desatenção na escola: Qual é a causa?
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(Imagem retirada da internet - meramente ilustrativa) |
Quando uma criança não consegue prestar atenção em sala de aula, qual será a causa?
O que tira sua atenção são pre-ocupações (uma vez que são muito ocupadas com atividades extras escolares....)? Não dormiram direito? Estão incomodadas com algum acontecimento de sua casa? Como estão seus pais? Houve briga em casa? Mudança de residência? Alguém doente? Morte de ente querido?Fantasiando...querendo brincar..
No que estão pensando quando não estão "focadas" nos estudos?
Cada criança é um sujeito em formação, com sua história singular, sua família específica, seus problemas peculiares...então, porque muitos acreditam que essas crianças precisam de medicação, e não de atenção!
Atenção por parte dos pais, dos professores, de alguém que olhe para elas e perguntem: "O que está sentindo?"
Para que tenham a chance de colocar em palavras seu sofrimento, uma vez que a criança coloca no corpo e no comportamento (assim como muitos adultos), um discurso sem palavras....
Não parece interessante o termo Transtorno de Déficit de Atenção!
De qual atenção se trata?
Andreneide Dantas
28/10/14
#dificuldadesescolares #comportamento #crianças #deficitdeatenção #TDHA #desatenção
28/10/14
#dificuldadesescolares #comportamento #crianças #deficitdeatenção #TDHA #desatenção
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
O desenho como mensagem
Os desenhos têm fundamental
importância para o ser falante, desde o início da humanidade, vide as pinturas
rupestres, pictográficas e hieróglifos, formas com as quais os povos
representavam o mundo em que viviam e assim transmitiam uma mensagem.
A criança desde muito pequena
desenha e nele representa o que ela vê, a forma como ela enxerga e interpreta o
seu entorno. É por isso que quando nos deparamos com os seus primeiros desenhos
- os rabiscos - e a convidamos para falar sobre o que fizeram: poderá nos
responder que ali estão: sua mãe, seu pai, ela, seus irmãos...
Naquele rabisco está
representado o que ela enxerga, a representação psíquica do seu olhar e também
em relação ao que sente.
Por isso, essa forma de expressão
é utilizada quando atendemos crianças, pois através dos desenhos, elas podem
falar sobre o que fizeram, sobre suas dúvidas, seu sofrimento e assim colocarão
em palavras o que desenharam e o que sentiram. E sem os desenhos alguns ditos, não seriam possíveis de serem expressos.
É importante que o adulto que
rodeia a criança, promova esses atos, para que ela possa representar
através do rabisco ou do desenho, seus sentimentos.
O elogio serve como estímulo e
a crítica pode funcionar como uma barreira que pode paralisar essa forma de
produção.
Escutei de uma mãe, que em vez
de elogiar tinha criticado o desenho do filho, e ainda tinha pedido para que
ele "caprichasse" mais da próxima vez! Com certeza, essa mulher não sabia que aquele
tinha sido o máximo que ele tinha conseguido fazer! De acordo com os recursos
que dispunha.
Pois estava em jogo todo o
esforço de um trabalho psíquico, para que ele fizesse a representação simbólica
do que queria expressar!
Então, da próxima vez que seu
filho desenhar, que tal perguntar-lhe o que ele produziu? E pode também pedir para ele contar uma história sobre seu desenho.
As “pérolas” que ele revelará, serão surpreendentes!
As “pérolas” que ele revelará, serão surpreendentes!
Andreneide Dantas
15/10/14
O título desse artigo foi mudado em vez de "O desenho como veículo" para O desenho como mensagem.
#crianças #psicoterapia #desenho #psicanálise #arteinfantil #transmissãodemensagem #representaçãocorpopsíquico #linguagemdosdesenhos #expressãopsíquica
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Brincar é coisa séria - frase
"Através do brincar, a criança simboliza seu sofrimento.
Vemos claramente isso, quando uma criança "brinca de dar injeção" na sua boneca, depois dela própria ter passado por esse acontecimento".
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Ritalina em vez da palavra?
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(Imagem retirada da internet - meramente ilustrativa)
Porque seu uso cresceu demasiado?
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Não podemos deixar de nos
surpreendermos, com o dado que foi veiculado recentemente na mídia, sobre o uso
da substância Metilfenidato, cujo nome comercial é Ritalina.
As informações divulgadas revelaram um aumento de 775% no uso desse remédio. Os dados são resultados da importante pesquisa realizada pela psicóloga Denise Barros, do Instituto de Medicina Social da UERJ, que foi veiculado nos principais jornais e revistas do país. (Veja - agosto 2014, jornal Estadão...)
As informações divulgadas revelaram um aumento de 775% no uso desse remédio. Os dados são resultados da importante pesquisa realizada pela psicóloga Denise Barros, do Instituto de Medicina Social da UERJ, que foi veiculado nos principais jornais e revistas do país. (Veja - agosto 2014, jornal Estadão...)
A maioria talvez saiba, que o
remédio descrito acima, é indicado para pessoas, principalmente crianças e
adolescentes, que receberam o diagnóstico de Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH).
E como podemos justificar esses
dados alarmantes? O que aconteceu com as crianças brasileiras nos últimos 10 anos?
Terão as famílias tido mais acesso ao diagnóstico - como defendem alguns - ou o medicamento tem tido seu uso
indiscriminado?
As crianças que são diagnosticadas com o Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ( TDAH), têm em comum o fato de se distraírem com facilidade, serem inquietos e demonstrarem pouco interesse nas atividades propostas. Por conta disso, não se detém nas tarefas, ficam pensativos, fantasiando, “viajando em pensamentos” como é conhecido popularmente. Consequentemente têm um resultado escolar aquém do esperado e demandam muita atenção por parte dos que as rodeiam, uma vez que não conseguem ‘parar’. Por isso o nome: “hiperativos”.
Quando fazemos uma leitura da
demanda social vigente, vemos que essas crianças são exigidas a serem cada vez
mais adaptadas ao meio. Que fale mais de uma língua, façam várias atividades,
tenha uma agenda de ‘pequenos executivos’. Para dar conta disso, recebem várias
tarefas e também vários estímulos como: TVs, vídeo games, tablets, celulares, a
lista como todos sabem, pode ser imensa!
Então, podemos perguntar: como a
criança vai “parar”, como vai se concentrar se seu entorno desvia sua atenção
constantemente?
Quantos já se perguntaram sobre
quais são as causas da desatenção da criança, porque elas não conseguem conter
os movimentos do seu corpo?
A Psicanálise nos ensina, que
quando a criança não consegue conter suas pulsões, o demonstram no seu corpo, não
conseguem parar de movimentá-lo. E não conseguem conter as pulsões, porque algo
está faltando.
Falta uma palavra que possa
“conter a avalanche das pulsões”, e por conta disso, a criança fica
desorganizada. A relação delas com o espaço e o tempo fica “deficitária”, não
conseguem esperar. Mostram com o gozo do seu corpo, um mal-estar e sofrimento.
Quando a palavra não consegue conter uma pulsão, o corpo responde com
sua inquietação.
Em vez de perguntarem o que lhes
acontecem, as "amordaçam" quimicamente e isso impede que a criança fale sobre sua
angústia e seu sofrimento.
Diante do incomodo e preocupação do
que acontece com os filhos, os pais no intento de resolverem a situação,
procuram um diagnóstico e muitas vezes, esse, é equivocado. A medicação prescrita
para as crianças diagnosticadas serve para reduzir a atividade motora, a
impulsividade, consequentemente a atenção da criança melhora, a memória idem.
Consequentemente o resultado na escola melhora também.
Mas, como fica o processo de simbolização,
como ela entenderá o que lhe acontece? Se ela não consegue falar do que sente,
como será seu futuro? E os efeitos colaterais dessas drogas?
E quando não perguntam e dão a
possibilidade para que a criança se expresse falando, elas são tratadas
igualmente, tomando uma medicação que as incluem em um signo “para todos”!
Remédio igual para crianças diferentes! E elas serão sempre diferentes, portanto seu mal estar será sempre singular a cada uma delas!
Remédio igual para crianças diferentes! E elas serão sempre diferentes, portanto seu mal estar será sempre singular a cada uma delas!
As pesquisas cientificas ainda
não encontraram causas neuronais para justificarem o diagnóstico de TDAH,
(ainda continuam buscando...) portanto,
logo podemos dizer, que a causa da inquietação motora e desatenção de cada
criança, diz respeito a vida de cada uma, ao seu meio familiar e sua história. Salvo, quando realmente ela apresenta alguma alteração orgânica...
Vale aqui algumas perguntas:
Como estão sendo estabelecidas as disciplinas em sua casa?
Em qual discurso estão inseridas?
O que a criança entendeu do que viu e ouviu?
Como estão sendo estabelecidas as disciplinas em sua casa?
Em qual discurso estão inseridas?
O que a criança entendeu do que viu e ouviu?
Se investirmos um tempo para perguntar em vez de medicar, teremos a chance de obter as respostas. Mas fazer dessa forma, demanda mais trabalho e mais tempo!
Andreneide Dantas
30/09/14
#desatenção #TDHA #inquieta #disciplinas #ritalina #concerta #hiperativas
Andreneide Dantas
30/09/14
#desatenção #TDHA #inquieta #disciplinas #ritalina #concerta #hiperativas
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Limites
Vídeo sobre Limites e disciplina
Esse é um tema muito atual, pois vivemos em um mundo onde o excesso é o que se busca repetir...
O convite ou até o imperativo, para cometer excessos, faz com que as pessoas acreditem que podem tudo.
E isso é um equívoco, que traz muitas consequências, pois o limite, a castração, é o que nos torna humanos!
Quando os pais não conseguem dizer Não! para seus filhos (e para eles em primeiro lugar) prejudicam o desenvolvimento psíquico deles e as consequências podem ser graves!
Andreneide Dantas
29/08/14
#limites #disciplina #pais #filhos #castração psicologiainfantil #psicanálisecom crianças
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
" Mortes por Depressão crescem 705% " (Segundo Jornal Estado de S. Paulo, edição 17 de Agosto de 2014)
Depressão e morte
" Mortes por Depressão crescem 705% " (Segundo Jornal Estado de S. Paulo, edição 17 de Agosto de 2014)
O porquê desse aumento?
As pessoas estão se deprimindo mais?
Ou estamos tendo acesso a mais diagnósticos e a dados como esses ?
O que está por trás desses números?
Será que o que vemos é o resultado de uma sociedade que durante as ultimas décadas colocou a ênfase no ter e não no ser?
Estamos sofrendo as consequências da desvalorização que se tem feito em relação á palavra, ao discurso de cada um?
As pessoas estão se comparando á maquinas ou se tratando como puro organismo, esquecendo que tem um corpo e que ele é afetado pelo que dizem, falam, pensam e também pelo que deixam de falar.
Por isso, é importante que cada um se pergunte, sobre o que está fazendo e falando.
O diagnóstico é importante para que cada um se deem conta quando necessita de ajuda. E essa ajuda, não pode ser somente medicamentosa.
Os medicamentos são importantes e também é fundamental o tratamento psíquico. Senão, o paciente até tem uma melhora sintomática, mas se não puder falar sobre seu sofrimento e elaborá-lo para poder viver melhor, só restará uma saída: acabar com sua vida para por um fim no sofrimento. Que é o que os números acima revelam.
.
A psicanálise é um tratamento através das palavras, para que cada um possa encontrar as causas de seu sofrimento e possa encontrar formas de viver melhor.
E isso é possível quando em análise eles tem acesso ao inconsciente e ao gozo!
E isso é possível quando em análise eles tem acesso ao inconsciente e ao gozo!
Abaixo trecho das palestras que apresentamos no ano de 2013, no ciclo "Como nos afeta nossa Época", do Instituto Tempos Modernos em parceria com a clínica Escuta Analítica.
Ou melhor dizendo, como cada um é afetado em seu corpo, por todas as transformações de nossa sociedade e principalmente pelo que tem dito e pelo que ouviu em sua infância.
Ou melhor dizendo, como cada um é afetado em seu corpo, por todas as transformações de nossa sociedade e principalmente pelo que tem dito e pelo que ouviu em sua infância.
#depressão #depressãoemorte #inconsciente #gozomortal #infãncia
(28/08/14)
(28/08/14)
Psicanalistas Andreneide Dantas e Susana Palacios
terça-feira, 15 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
quarta-feira, 25 de junho de 2014
quarta-feira, 18 de junho de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
sexta-feira, 13 de junho de 2014
quarta-feira, 11 de junho de 2014
segunda-feira, 2 de junho de 2014
sexta-feira, 30 de maio de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
segunda-feira, 26 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Limites
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(Imagem retirada da internet - meramente ilustrativa) |
Como estabelecer os limites?
Essa, é uma das maiores dificuldades dos pais na atualidade.
Pois, não são poucos os que tem dificuldade ou não conseguem falar para os
filhos o que eles podem ou não fazer!
Essas famílias se sentem desorientadas diante de tantas informações e
transformações na sociedade. Da inversão de valores, das transformações
tecnológicas com a rapidez muitas vezes desmedida, da carga excessiva de
trabalho e da demanda social equivocada, para que sejam "amigo" dos filhos.
Diante de tudo isso, e somado ao
fato – importantíssimo- da
particularidade da história familiar que cada pai e mãe traz, (muitas vezes sem
ter consciência disso...) o resultado é uma desorientação, que resulta na dificuldade
de se posicionarem no lugar de autoridade. Lugar de quem porta as regras e
leis!
Leis, que são fundamentais para
que possam ensinar aos filhos a importância das regras básicas: como a hora de
comer, dormir, estudar, brincar. Pois sabemos que
uma criança pequena não tem o discernimento da importância de tudo isso, ela
precisa de um adulto que a oriente.
É característico da constituição
da criança que ela queira que suas necessidades e desejos sejam prontamente
satisfeitos. Porém, precisa aprender que não dá para fazer somente o que quer....
Até porque se fosse assim,
viveríamos em um mundo caótico.
Portanto, as regras e as leis
organizam nosso mundo, nos orientam, freiam nossos impulsos destrutivos e
possibilitam que possamos viver em um mundo civilizado.
A clínica cotidiana nos revela, o
quão desorientados estão os pais quanto ao seu lugar, sua função: a de cuidar,
amar, ensinar, transmitir os valores, a ética e de impor os limites.
Sem isso, os filhos ficam sem
referências simbólicas, sem rumo, suscetíveis ao pior: a mercê das pulsões agressivas.
Andreneide Dantas
22/05/14
#limites #pais #pulsões #agressividade #disciplina
Andreneide Dantas
22/05/14
#limites #pais #pulsões #agressividade #disciplina
terça-feira, 13 de maio de 2014
"Cada criança tem uma história e seus sintomas são resultado dela. Classificá-la com um transtorno sem levar isso em consideração, retira sua subjetividade. Como consequência não dão lugar para que fale o que sente e pensa. Assim, as emudecem com mordaças químicas."
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(Imagem retirada do Google - meramente ilustrativa) |
quarta-feira, 30 de abril de 2014
A Escola e a transmissão dos limites
A Escola é a segunda instituição
mais importante da vida de um sujeito. A primeira, todos sabem, é a família.
No ambiente escolar, a criança se
depara com adultos que estão fora do círculo familiar e esses também tem uma influência grande no desenvolvimento dela, pois tem a função de acolhê-la e transmitir o saber.
Também é na escola que ela lida
com o fato de ter que conter seus impulsos destrutivos: não pode bater, quebrar
brinquedos, destruir os móveis, etc. Precisam aprender a respeitar o horário de estudar, brincar, comer; esperar o momento de falar, de escutar o outro (professora, amigos), etc.
Portanto, a escola é um lugar
fundamental para o desenvolvimento da estruturação psíquica da criança.
Entretanto, as famílias não podem
transferir para os professores a função que lhes é própria: a função de pai e
mãe, de educar os filhos, ensinar a importância dos limites.
Pois uma coisa é a escola continuar trabalhando para desenvolver um cidadão, a outra é o fato de algumas famílias acreditarem que é a escola que tem que exercer a função que é delas: educar o filho.
E os limites organizam o sujeito e o mundo, sem eles as pessoas ficam "entregues" as suas pulsões destrutivas. E quando encontramos as mais variadas formas de violências, é porque naquele sujeito faltou um limite ao seu gozo de destruição!
Pois uma coisa é a escola continuar trabalhando para desenvolver um cidadão, a outra é o fato de algumas famílias acreditarem que é a escola que tem que exercer a função que é delas: educar o filho.
E os limites organizam o sujeito e o mundo, sem eles as pessoas ficam "entregues" as suas pulsões destrutivas. E quando encontramos as mais variadas formas de violências, é porque naquele sujeito faltou um limite ao seu gozo de destruição!
Andreneide Dantas
30/04/14
#disciplina #escola #alunos #educação #educadores # paiselimites
terça-feira, 15 de abril de 2014
segunda-feira, 14 de abril de 2014
terça-feira, 18 de março de 2014
Entrevista Vídeo - Psicanálise com crianças
Psicanálise com Crianças
Entrevista com a Psicanalista Andreneide Dantas, sobre Psicanálise com crianças.
(18/03/14)
#crianças #psicanálise #psicoterapia #análisecomcrianças #sintomas #psicologiainfantil
quarta-feira, 12 de março de 2014
Psicanálise com crianças - Entrevista (Parte 1)
1.Quando uma criança precisa de atendimento psicanalítico?
Quando apresenta alguma
dificuldade que atrapalha seu desenvolvimento. Dificuldades que os pais, a
escola ou o médico podem detectar. Por exemplo, quando tem alguma doença
recorrente, ansiedade acima do normal, medos exagerados. Enfim, quando tem algum
sintoma que as fazem sofrer, é preciso que as crianças possam falar com um
psicanalista para que através da palavra possam revelar o que não está bem com
seu corpo e em suas relações com os outros. Pois as palavras tem o poder tanto de
desorganizar um corpo quanto reorganizá-lo.
2.Á partir de qual idade é possível fazer o tratamento?
Atendo pacientes desde a idade de
três anos, mas existem trabalhos feitos desde o berçário, com os recém-nascidos
que apresentam alguma doença ou sintomas e por conta disso não respondem bem ao
tratamento médico. Nesse sentido (com bebês) o psicanalista faz intervenções
com a criança, falando com ela, sua mãe e equipe médica.
3.Em que se baseia o tratamento psicanalítico?
Em escutar o paciente, mesmo que
esse tenha pouca idade, pois, por estarmos inseridos na linguagem, tanto
podemos ser aprisionados pela palavra quanto libertados. O trabalho da
psicanálise se baseia em escutar o que os outros discursos deixam de fora e que
pertence ao inconsciente: os sonhos, os atos falhos, os esquecimentos e os
sintomas.
Com crianças utilizamos a fala,
escutando o que nos dizem sobre sua vida, sua relação com os semelhantes e também
utilizamos jogos, desenhos e brinquedos, que vão servir como motor para que a
criança possa através deles encenar e falar de outros acontecimentos, de outras
cenas acontecidas em sua vida e que de alguma forma lhes provocaram sofrimentos
ou interpretações equivocadas.
Através do brincar a criança coloca
no simbólico algum real ameaçador, algo que foi vivido e não foi simbolizado.
Dessa forma expressam o que está no seu inconsciente. Temos o exemplo de uma criança, que tendo uma
determinada doença, é levada ao médico e “toma uma injeção”. Na análise ela encena
que é a médica e ela é quem aplica a injeção. Assim, ela vive ativamente o que
outrora viveu passivamente. E isso lhe possibilitará elaborar o acontecido para
que isso não resulte em traumas. A
criança também pode falar sobre seus pais, seus amigos, irmãos, trabalhar os
sentimentos de ciúmes, inveja, raiva. Enfim, falar sobre o que sente e que em
outros lugares ela não tem a chance de ser escutada.
Andreneide Dantas
sexta-feira, 7 de março de 2014
Filhos não podem mandar nos pais.
Parece óbvia essa frase, mas não para muitos pais, que governados por sentimento de culpa ou medo, não se autorizam a ocupar o lugar que lhes pertencem: lugar de mãe e pai, portanto, daqueles que são detentores das leis e portadores das regras.
São
eles que tem a obrigação de educar e ensinar aos filhos o que eles podem ou não
fazer!
Aqueles, que equivocadamente não
assumem essa função, ou porque viveram sob o jugo do autoritarismo dos seus
pais e afrouxam os limites e se tornam permissivos; ou porque estão desgovernados
pela liberalização dos costumes – e acreditam que tem que ser amigo dos filhos
- provocam estragos na constituição subjetiva dos mesmos. Estragos que deixam
marcas profundas e afetam-os no físico, psíquico e consequentemente nas
relações sociais. O que vemos proliferar nas escolas.
As crianças necessitam que
os adultos que as cercam (principalmente seus pais) ensine-as a "civilizarem" suas pulsões e vontades desmedidas. Por isso, é imprescindível que aprendam - desde
a mais tenra infância - que não podem fazer tudo o que desejam. Porém, somente assimilarão
essa regra fundamental, se estiverem amparados por adultos que se encarreguem
de transmiti-la.
Isso significa que para esse adulto essa regra também tem que valer.
Isso significa que para esse adulto essa regra também tem que valer.
Existe uma hierarquia na
família e é fundamental que essa verticalidade prevaleça, pois se não for assim,
todos os membros da família ficarão na mesma posição. Sem regras, sem hierarquia e sem leis... Quem avançará será a pulsão de
morte!
Encontramos nas famílias
chamadas pós-modernas, uma ausência dessa assimetria, onde os pais colocam-se
como amigos ou irmãos de seus filhos, e esse fato provoca danos na formação e desenvolvimento
desses sujeitos. São os pais que tem o encargo de intervir quando necessário e
como irmãos ou amigos não terão autoridade para tal.
O “não!” é fundamental para
a constituição do ser humano e quando ele falta, o que predominará será o
imperativo da pulsão destrutiva: a falta
de respeito, de responsabilidade, a agressividade e a violência. Que se
apresenta das mais diversas formas nas famílias: filhos ordenando aos pais a
realizarem suas vontades (por mais descabidas que sejam) e em casos mais
extremos agredindo-os, batendo e até... matando-os!
Andreneide Dantas
07/03/14
#limites #leis #hierarquia # respeito #violência #agressividade # limites
Andreneide Dantas
07/03/14
#limites #leis #hierarquia # respeito #violência #agressividade # limites
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Escola - Lugar de Estrutura

(Imagem retirada do Google- Direitos reservados)
A escola é de suma importância na
vida do sujeito. É nela, que ele passa muito tempo: infância e
adolescência.
A estrutura que a Escola
proporciona é tão importante quando a família, ainda mais hoje, onde
encontramos uma desestrutura familiar muito grande.
Os que integram a escola precisam
estar bem estruturados para ajudar seus alunos: ensinando-os, o que reverterá na escolha da profissão, integrando-os nos grupos e na sociedade, ajudando-os a tornarem-se
cidadãos, e também, no que se refere a estrutura psíquica do sujeito. Pois se
uma criança chega “sem limites”, a
escola não pode desviar seu olhar, precisa agir, dando parâmetros para que cada
aluno possa se organizar e reconhecer o que está fazendo.
Quando uma outra criança não consegue
aprender, é importante que se investigue para descobrir a causa; se ela é
agressiva e violenta necessita ser questionada, escutada e contida.
A escola, precisa preparar-se para
trabalhar com as diferenças que cada criança tem, sabendo que não são iguais,
nem uma "massa" homogênea que responderá da mesma forma a estímulos semelhantes.
Cada aluno tem uma história de vida diferente, cada um tem sua singularidade e
suas potencialidades, isso significa, que cada um reage e aprende de uma forma
diferente.
As dificuldades que cada criança
encontra na escola, a maioria das vezes, tem relação com seu estado emocional,
salvo aquelas que apresentam problemas orgânicos.
O educador por sua vez, depara-se
com situações, onde "transfere" para os alunos questões que são
deles: íntimas e inconscientes, que estão relacionadas com outras pessoas, além
do educando. Geralmente dizem respeito a sua história infantil, sua vida
familiar, que por não serem devidamente tratadas, resultam em problemáticas que
atrapalham seu desempenho e o bom andamento do trabalho.
Hoje em dia, muitas escolas
preocupam-se mais em proporcionar instalações modernas com aparelhos
tecnológicos e deixam de lado, muitas vezes, o educador. Esquecem de escutá-los e
ajudá-los a superar suas dificuldades: que podem ser de cunho pedagógico ou
emocional.
Andreneide Dantas
28/01/14
28/01/14
#professor #educador #limites #aprender #alunos #pedagógico #escola #educação
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Psicanálise
" Através da análise, o sujeito tem acesso a sua história infantil (acontecimentos que estavam reprimidos, que atrapalhava o transcorrer da história atual) ".
#análise #psicanálise #repressão # infantil
Andreneide Dantas (15/01/14)
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